O Barcelona está na final da Liga dos Campeões da UEFA. Um empate em 1 a 1 no Camp Nou, nesta terça-feira, em jogo de volta das semifinais do torneio, selou a classificação. Depois da série de quatro clássicos em 18 dias, o saldo positivo foi catalão - apesar do título da Copa do Rei conquistado pelos madridistas. Agora Messi e cia. vão a Wembley no dia 28 de maio tentar o título continental contra Manchester United ou Schalke 04, que se enfrentam nesta quarta-feira - os ingleses ganharam a primeira partida, fora de casa, por 2 a 0.

Depois de um primeiro tempo em que o Real Madrid se mostrou muito mais disposto a atacar do que havia feito até então nas três partidas disputadas diante do arquirrival nas últimas semanas: os merengues adiantaram a marcação e pressionaram a saída de bola do Barça. Não conseguiram, no entanto, transformar isso em oportunidades reais - coisa que os catalães, com espaço para contra-atacar, tiveram ao menos duas vezes, quando obrigaram Iker Casillas a excelentes defesas, em chutes de David Villa e, em seguida, Lionel Messi.
No início do segundo tempo, diante da necessidade de marcar gols dos madrilenhos, os espaços para os catalães foram surgindo mais e mais. Em um avanço rápido que começou com Daniel Alves pela direita, Andrés Iniesta acertou um passe perfeito entre os zagueiros para a entrada de Pedro, já na grande área. Ele teve tranqulidade para tocar na saída de Casillas e abrir o placar. Era um gol que obrigava o Real Madrid a, em poucos mais de 30 minutos, marcar três gols para conseguir a classificação.
A esperança de ainda poder reverter a situação nasceu de uma rara saída de bola equivocada dos blaugranas: Xabi Alonso roubou a bola e passou para Ángel Di María. O argentino passou por seu compatriota Javier Mascherano e carimbou a trave. Ele próprio pegou o rebote e serviu Marcelo, que completou para a rede. O Real voltava a marcar no Camp Nou desde o gol de Julio Baptista em dezembro de 2007, numa vitória branca por 1 a 0.
Mas aquilo seria tudo que o Real conseguiria fazer. Diante de uma equipe talentosa e que sabe prender a bola como nenhuma outra no mundo, jogar em desvantagem é tudo o que não se quer. O Barça tocou a bola, ainda criou mais um bocado no campo de ataque e, ao final da série de clássicos, comemorou mais uma vez a classificação para uma final europeia, em que vai tentar seu quarto título continental.