Experiência em duas frentes
(FIFA.com) Sexta-feira 12 de agosto de 2011
Após passar algumas semanas na Argentina, Néstor Araujo vem defendendo o México na Copa do Mundo Sub-20 da FIFA, onde disputou as quatro partidas até aqui. Em alta, o craque da defesa desfila o seu talento em solo colombiano depois de ter sido um dos mexicanos mais jovens a participar da Copa América 2011. Apesar da pouca idade, o zagueiro já é apontado como um dos mais experientes do grupo que participa do Mundial.
Com o México no caminho certo, parte da responsabilidade certamente cabe ao posicionamento e às intervenções decisivas do jogador. Contudo, mais do que as roubadas de bola, foi a voz dele que ajudou o país a chegar às quartas de final. "É verdade que falo muito com os companheiros dentro de campo, mas não sou o único", declara Araujo com humildade ao FIFA.com. "A nossa seleção tem muita personalidade, com jogadores que não hesitam na hora de motivar os colegas. E foi essa personalidade forte que fez com que nos classificássemos."
Nas oitavas de final, após Camarões abrir o placar com pouco mais de dez minutos para o fim da partida, os mexicanos precisaram de apenas outros dois para espantarem o risco da eliminação. "Cometemos um erro defensivo e eles aproveitaram para marcar, mas conseguimos reagir imediatamente", lembra-se o jogador do Cruz Azul. "As coisas poderiam ter complicado se não tivéssemos igualado tão rapidamente, mas estamos preparados do ponto de vista psicológico para não titubear neste tipo de situação. Foi o que também nos ajudou na disputa de pênaltis."
Com a cabeça no lugar
Como a vaga foi decidida na marca da cal, já que o empate em 1 a 1 seguiu inalterado na prorrogação, a experiência dos jogadores mexicanos, acostumados com o futebol de alto nível, explica bem o sucesso do México nas penalidades. Mas a declaração de Araujo também demonstra de onde vem a tranquilidade do grupo. "Sempre dizemos que a disputa de pênaltis se vence com a cabeça, não com os pés", afirma o dono da camisa 4. "Tentei motivar os meus companheiros dizendo que o nosso objetivo coletivo dependia do resultado de cada um deles."
Como a vaga foi decidida na marca da cal, já que o empate em 1 a 1 seguiu inalterado na prorrogação, a experiência dos jogadores mexicanos, acostumados com o futebol de alto nível, explica bem o sucesso do México nas penalidades. Mas a declaração de Araujo também demonstra de onde vem a tranquilidade do grupo. "Sempre dizemos que a disputa de pênaltis se vence com a cabeça, não com os pés", afirma o dono da camisa 4. "Tentei motivar os meus companheiros dizendo que o nosso objetivo coletivo dependia do resultado de cada um deles."
E a mensagem foi bem recebida pelo grupo. Os colegas do zagueiro converteram as três primeiras penalidades, enquanto os camaroneses não balançaram as redes nenhuma vez. Assim, mesmo que Araujo não tenha participado das cobranças, os comandados de Juan Carlos Chávez puderam comemorar a passagem antes mesmo do esperado. "Quando o técnico perguntou quem queria cobrar, imediatamente levantei a mão", assegura o menino de forte personalidade, que completará 20 anos no dia 29 de agosto.
Essa característica forte, associada à qualidade defensiva desenvolvida nas categorias de base do Cruz Azul, permitiu que Araujo pudesse estrear na primeira divisão mexicana em 2010. Alguns meses depois, as boas apresentações pelo clube acabaram despertando o interesse de Barcelona e Milan, mas principalmente de José Manuel de la Torre, que o convocou para defender a seleção principal na Copa América.
Diante de alguns dos melhores atacantes do mundo, como o uruguaio Diego Forlán e o chileno Alexis Sánchez, o zagueiro impressionou apesar de não ter sido capaz de evitar a eliminação de um México renovado. "A experiência adquirida na Copa América me ajudou muito aqui", reconhece o admirador de Carles Puyol, Gerard Piqué, John Terry e Rafael Márquez. "Enfrentamos seleções experientes e motivadas, como Chile, Uruguai e Peru. Fomos até lá com uma equipe jovem, para aprender. Mas aqui o objetivo é diferente, é ganhar."
De aluno a professor
Se a meta entre uma competição e outra muda, o mesmo acontece com a função de Araujo dentro do grupo. O jogador passou de aluno no torneio disputado na Argentina a professor em solo colombiano. "Jogar na seleção com aqueles que já se estabeleceram permite aprender com a experiência deles", continua o defensor, que marcou o seu primeiro gol pelo selecionado principal no dia 4 de julho, contra o Chile.
Se a meta entre uma competição e outra muda, o mesmo acontece com a função de Araujo dentro do grupo. O jogador passou de aluno no torneio disputado na Argentina a professor em solo colombiano. "Jogar na seleção com aqueles que já se estabeleceram permite aprender com a experiência deles", continua o defensor, que marcou o seu primeiro gol pelo selecionado principal no dia 4 de julho, contra o Chile.
"Com isso, a gente sente mais confiança e transmite aos outros aquilo que aprendeu com os mais velhos. Falo mais aqui do que no clube ou na seleção (principal), tento ajudar a equipe a manter o equilíbrio, principalmente porque, da minha posição, posso analisar tanto o nosso conjunto quanto o adversário."
Tudo o que Araujo e os colegas vêm aprendendo pode acabar sendo fundamental no futuro. "Este torneio é muito importante para todos os jogadores", opina a muralha da defesa mexicana. "Não sabemos se teremos mais uma chance de disputar uma competição desta importância. Estamos falando de uma Copa do Mundo, que conta com os futuros melhores jogadores do planeta. Trata-se de uma etapa decisiva para o resto das nossas carreiras."
Mais um importante passo pode ser dado caso os mexicanos consigam eliminar a anfitriã Colômbia nas quartas de final. Se depender de Néstor Araujo, é exatamente isso que irá acontecer. Afinal, o jogador prevê um retorno para o México apenas em 21 de agosto, um dia após a grande final. Tempo suficiente para adquirir ainda mais experiência.
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