Colômbia 2011, um torneio de recordes
(FIFA.com) Quinta-feira 25 de agosto de 2011
A 18ª edição do Mundial Sub-20 da FIFA terminou com o quinto título do Brasil e outras marcas importantes. O FIFA.com faz um resumo das que certamente ficarão um bom tempo na história.
25.191 foi o público médio na Colômbia 2011, o segundo maior das 18 edições da Copa do Mundo Sub-20 da FIFA, atrás apenas do México 1983 (36.099). No entanto, os 1.309.929 espectadores do evento deste ano estabeleceram um recorde, superando a marca de 1.295.586 de dois anos atrás no Egito. Uma prova da grande paixão do povo colombiano pelo futebol.
575 minutos foi o tempo que o goleiro português Mika passou sem sofrer gols no torneio, marca que superou com folga o antigo recorde do Mundial Sub-20, que era de 492 minutos e pertencia ao arqueiro chileno Cristopher Toselli. Suíço de nascimento e hoje no Benfica, Mika se tornou também o primeiro goleiro a passar seis jogos sem sofrer gols na competição. A sua meta só foi vazada aos cinco minutos da final, quando o brasileiro Oscar balançou as redes portuguesas e igualou o recorde de gol mais rápido da decisão, estabelecido pelo espanhol Barkero em 1999.
500 é a soma de gols marcados por Brasil (216), Argentina (143) e Espanha (141) em Copas do Mundo Sub-20 da FIFA. As três seleções são responsáveis por nada menos do que 24,8% dos gols feitos no torneio, do qual já participaram 83 países. Na Colômbia 2011, brasileiros (18), espanhóis (13) e argentinos (seis) anotaram juntos 28% dos gols, apesar de o ataque da Nigéria, que balançou as redes 15 vezes, ter tido a melhor média (três por jogo).
80 por cento das últimas dez edições da Copa do Mundo Sub-20 da FIFA foram vencidas por seleções sul-americanas. Desde que Portugal defendeu o seu título com sucesso há 20 anos, contando com jogadores como Rui Costa e Luís Figo para derrotar o Brasil nos pênaltis, os próprios brasileiros foram campeões em três ocasiões, enquanto a Argentina ergueu a taça da competição cinco vezes. Somente a Espanha de Xavi, em 1999, e o selecionado de Gana, com o craque Dominic Adiyiah, em 2009, interromperam o monopólio da CONMEBOL nas últimas duas décadas. Para completar, os países de língua portuguesa ou espanhola venceram nada menos do que 12 das últimas 13 edições do evento.
43,8 minutos é a média de tempo que o espanhol Álvaro Vázquez levou para fazer os seus cinco gols na Colômbia — mais de um gol por etapa de jogo. O atacante do Espanyol participou das cinco partidas do seu país, mas só começou jogando na goleada por 5 a 1 sobre a Austrália, na qual balançou as redes três vezes. Vázquez também marcou contra o Equador e o Brasil depois de sair do banco. Já Alexandre Lacazette, um verdadeiro coringa para a França, fez os seus cinco gols em uma média de 70,6 minutos e se tornou o primeiro jogador a marcar quatro vezes após entrar como substituto em Copas do Mundo Sub-20 da FIFA.
18 partidas é a atual série invicta da Argentina no Mundial Sub-20, depois dos cinco jogos na Colômbia, onde o conjunto do técnico Walter Perazzo foi eliminado nos pênaltis pelos lusitanos nas quartas de final. Assim, a alviceleste igualou o recorde do Brasil entre 1989 e 1995. Depois de perder na estreia nos Estados Unidos 2005 por 1 a 0, o selecionado, inspirado por Lionel Messi, ganhou os seus seis jogos seguintes, até vencer a decisão. Dois anos depois, a Argentina defendeu o título com sucesso, com seis vitórias e um empate, mas estranhamente não conseguiu se classificar para o Egito 2009.
6 jogadores na história do Mundial ganharam tanto a Bola de Ouro quanto a Chuteira de Ouro adidas, entregues ao melhor jogador e ao artilheiro da competição. O brasileiro Henrique foi o último a ser duplamente premiado, repetindo o feito do compatriota Geovani (1983), dos argentinos Saviola (2001), Messi (2005) e Agüero (2007) e do ganês Adiyah (2009).
3 gols fizeram do brasileiro Oscar o quinto jogador a balançar as redes esta quantidade de vezes na final de um torneio da FIFA. O inglês George Hurst foi o primeiro, conseguindo o feito no último minuto da prorrogação da vitória por 4 a 2 sobre a Alemanha Ocidental no Mundial de 1966. Mais tarde, Romário e Ronaldo marcaram três vezes cada na goleada por 6 a 0 sobre a Austrália, válida pela decisão da Copa das Confederações da FIFA de 1997. Kim Song Hui repetiu o feito quando a Coreia do Norte arrasou a China por 5 a 0 no desfecho da Copa do Mundo Sub-20 Feminina da FIFA há cinco anos. A contribuição de Oscar ajudou a fazer da final da Colômbia 2011 a partida decisiva com mais gols nos 34 anos de história da competição.
0 gol é a quantidade que fez da Inglaterra o primeiro país a se classificar para as oitavas de final de um torneio da FIFA sem ter balançado as redes adversárias. O selecionado do técnico Brian Eastick empatou em zero com a Coreia do Norte, com a Argentina e com o México no Grupo F e passou de fase como um dos melhores terceiros colocados de grupos. Então, perdeu para a Nigéria por 1 a 0 e ampliou para 14 o número de jogos sem vitória em Mundiais Sub-20, superando o recorde negativo que dividia com os mexicanos. Os ingleses só fizeram um gol nas suas últimas 13 partidas na competição.
-10 é o saldo de gols com o qual a Guatemala incrivelmente se classificou para as oitavas. Nunca uma seleção havia passado da fase de grupos com uma cifra como esta. Os comandados de Ever Almeida perderam para a Nigéria por 5 a 0 na estreia e por 6 a 0 para Arábia Saudita na sequência. No entanto, um gol de Marvin Ceballos aos 36 minutos do segundo tempo contra a Croácia — sem dúvida o mais inesquecível da história do futebol guatemalteco — transformou a modesta seleção da CONCACAF em um dos melhores terceiros colocados, apesar de ter tido apenas 39,3% de posse de bola nos jogos que fez pelo Grupo D. Nas oitavas de final, a Guatemala perdeu pelo placar mínimo para Portugal, futuro vice-campeão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário