Em campo, muitos jovens promissores jogadores tentando dar sequência a uma tradição de oito títulos mundiais somados entre duas grandes potencias. Seus antecessores devem ter ficado orgulhosos. Num grande clássico, de muita movimentação, futebol veloz e belos lances, a Alemanha derrotou o Brasil por 3 a 2, nesta quarta-feira, em Stuttgart.
Com uma sólida base, montada já para a Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010, mostrou que está em um estágio avançado em sua preparação para o próximo Mundial, enquanto o técnico Mano Menezes ainda busca uma formação mais sólida no início de seu segundo ano com a Seleção Brasileira.
Batalha tática Com Fernandinho no meio-campo, ocupando a vaga de Paulo Henrique Ganso, o Brasil demonstrava uma clara preocupação em cuidar de sua marcação pela direita, precavido contra o talento de Philipp Lahm.
O problema é que a talentosa geração da Alemanha não se limita apenas ao apoio de seu capitão, contando com jogadores técnicos e velozes em todos os setores do campo, mesmo sem contar com seu principal armador, o meia Mesut Oezil, poupado pelo técnico Joachim Low. Algo que ficou bem claro nos primeiros dez minutos de jogo, em que os anfitriões acuaram os brasileiros no campo defensivo com uma movimentação frenética, resultando em boas chances para o garoto Mario Goetze e Toni Kroos.
Apesar da falta de ritmo, por viverem um período de início de temporada, a defesa brasileira suportou a pressão, propiciando ao time um pouco de tempo para se encontrar em campo. Na metade final da primeira etapa, a marcação começou a funcionar mais adiantada, a posse de bola passou a ser dividida, e Neymar, Robinho e Alexandre Pato puderam entrar em ação no contra-ataque, levando perigo contra os pesados defensores alemães.
Embora não tenha criado uma chance clara de gol, o Brasil foi para o intervalo melhor na partida, e esse panorama foi mantido na segunda etapa, com a equipe pentacampeã do mundo povoando o campo de ataque. Sua melhor chance de gol aconteceu logo no minuto 46, quando Ramires conseguiu a roubada na entrada da área, tocou para Fernandinho, que fez uma ligação rápida com Alexandre Pato, que entrou na área e deu um belo toque de cobertura, deixando o goleiro Manuel Neuer completamente vendido no lance, mas viu a bola sair, passando perto da trave direita.
Um pênalti decisivo A história mudou quando Kroos caiu no centro da grande área depois de dividida com Lúcio. A cobrança foi feita pelo veterano Bastian Schweinsteiger, aos 61 minutos. Os brasileiros sentiram o gol, e a Alemanha tratou de aumentar sua vantagem apenas cinco minutos depois em uma bela jogada. Kroos tocou no centro para Miroslav Klose – que havia começado no banco – e recebeu na frente. De primeira, ele fez a enfiada de bola para Goetze, que se desmarcou no centro da área em meio aos zagueiros rivais, alcançou a bola com tranqulidade, driblou Júlio Cesar e tocou para a rede com categoria.
Precisando desenvolver seu jogo ofensivo, precisando mais de criação do que marcação, Mano Menezes trocou Fernandinho por Paulo Henrique Ganso. Embora sem a participação do meia santista, a Seleção conseguiu reduzir a diferença no placar no segundo pênalti do jogo, depois de choque de Daniel Alves com Lahm pela área. Robinho anotou.
Os donos da casa não se desesperaram, contudo. Souberam colocar a bola no chão e acalmaram o jogo. Quer dizer, até sair o terceiro gol, para delírio do público que lotou o renovado estádio. Schweinsteiger batalhou pela bola na área, desarmou André Santos e rolou para trás. O atacante André Schurrle chegou com tudo para bater de primeira, de chapa, e estufar a rede.
No final, os treinadores realizaram diversas mudanças. O polivalente Luiz Gustavo fez sua estréia pela Seleção, entrando na lateral-esquerda, enquanto o atacante Cacau foi a campo para jogar contra o pais em que nasceu, sendo muito aplaudido por seus admiradores de Stuttgart.
Em meio a esta festa, sobrou tempo ainda para Neymar fazer o seu gol já nos acréscimos. Ele recebeu a bola na entrada da área, puxou para a direita e finalizou com perfeição, no canto direito de Neuer, em um chute seco e rasteiro.
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