Nada conforme os planos
(FIFA.com) Quinta-feira 2 de junho de 2011
São só seis anos de carreira como profissional e, aos 26, Thiago Neves já passou por seis clubes, em quatro países diferentes. Já foi promessa para o futuro, realidade absoluta quando brilhou pelo Fluminense, um nome relativamente esquecido no exterior e, hoje, de volta ao Brasil há apenas alguns meses, já é outra vez jogador de Seleção. Tudo muito intenso.
Num Flamengo de 2011 em que o palco estava montado para Ronaldinho Gaúcho brilhar, foi Thiago quem imediatamente se tornou peça decisiva e, com isso, um dos escolhidos de Mano Menezes para os amistosos diante da Holanda, neste sábado, e a Romênia, na terça-feira, dia 7. “Sinceramente, não esperava que fosse ser tudo tão rápido”, admite o meia-atacante ao FIFA.com. “Achei que precisaria de mais algum tempo para me readaptar ao futebol brasileiro, mas as coisas começaram a dar certo antes do que eu imaginava.”
Não era bem isso
A verdade é que, boas ou ruins, poucas coisas aconteceram do jeito imaginado para Thiago Neves – sobretudo as transferências que, desde muito cedo, o levaram de um lado ao outro do mundo. Após se destacar em 2005 no Paraná Clube, em cujas categorias de base se formou, aos 21 anos ele foi emprestado ao Vegalta Sendai, do Japão. Quando voltou, para o Fluminense, foi sem nenhum alarde. Ninguém esperava que então, no início de 2007, o clube contratava a peça mais importante para a conquista da Copa do Brasil do mesmo ano e a campanha até o vice-campeonato da Copa Libertadores do ano seguinte.
Àquela altura, Thiago era uma jovem estrela: recebeu a Bola de Ouro da revista Placar como melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 2007, foi convidado por Dunga para a Seleção no início de 2008 e esteve no grupo que foi medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim. Brilhou tanto que uma transferência para o futebol europeu se fez inevitável – e é aí, no momento que deveria ser de mais um passo à frente, que o resultado definitivamente não foi aquele que o curitibano planejava.
Não era bem isso
A verdade é que, boas ou ruins, poucas coisas aconteceram do jeito imaginado para Thiago Neves – sobretudo as transferências que, desde muito cedo, o levaram de um lado ao outro do mundo. Após se destacar em 2005 no Paraná Clube, em cujas categorias de base se formou, aos 21 anos ele foi emprestado ao Vegalta Sendai, do Japão. Quando voltou, para o Fluminense, foi sem nenhum alarde. Ninguém esperava que então, no início de 2007, o clube contratava a peça mais importante para a conquista da Copa do Brasil do mesmo ano e a campanha até o vice-campeonato da Copa Libertadores do ano seguinte.
Àquela altura, Thiago era uma jovem estrela: recebeu a Bola de Ouro da revista Placar como melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 2007, foi convidado por Dunga para a Seleção no início de 2008 e esteve no grupo que foi medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim. Brilhou tanto que uma transferência para o futebol europeu se fez inevitável – e é aí, no momento que deveria ser de mais um passo à frente, que o resultado definitivamente não foi aquele que o curitibano planejava.
“Fui para o Hamburgo, um clube que eu imaginei que poderia brigar por títulos. Mas as coisas não aconteceram da maneira que eu esperava, e o treinador me escalou fora de posição”, diz ele, que, do banco de reservas do clube alemão, acabou vendido ao Al-Hilal, da Arábia Saudita, não sem antes ter uma breve e bem menos brilhante passagem de seis meses pelo Fluminense, por empréstimo.
Após meses sem jogar na Alemanha, um retorno mais discreto ao Brasil e a situação de jogar num pólo bem menos badalado como a Arábia Saudita, a consequência foi que o Thiago Neves craque, com potencial para a Seleção, foi praticamente esquecido no Brasil. A Copa do Mundo da FIFA de 20101 chegou e se foi, repleta de pedidos para que Dunga convocasse um punhado de gente para a Seleção, mas o de Thiago nunca pareceu ter surgido como opção.
Perto da Seleção
O meia não fala em arrependimento algum, mas certamente aprendeu que, antes de sair do Brasil, vale a pena pensar duas vezes. “Eu diria que vale, sim. Os clubes estão se estruturando e, aqui, o jogador fica mais em evidência em relação à Seleção Brasileira”, constata ele, no momento em que vive isso da forma mais clara e imediata o possível. “E o aspecto financeiro também evoluiu: hoje o atleta bem pago no Brasil não fica muito distante do nível de salário europeu.”
Contratado pelo Flamengo em janeiro de 20110 como um grande reforço, mas à sombra do alarde estrondoso em torno de Ronaldinho, Thiago Neves não só encontrou logo sua forma como reencontrou no camisa 10 um bom parceiro. Não ser, a priori, a grande estrela da equipe campeã estadual e poder jogar sem que os holofotes estivessem tão voltados para si só fizeram bem a alguém que vinha de tanto tempo longe do país e cercado de dúvidas sobre sua capacidade de ser o jogador top de linha que havia sido alguns anos antes.
O fato de, hoje, ser ele – e não Ronaldinho - o representante flamenguista na Seleção imediatamente virou assunto. E, embora contente pela nova chance, Thiago tem o cuidado de evitar colocar o ex-melhor jogador do mundo, seu amigo desde os tempos em que conviveram na Seleção Olímpica em 2008, como base para comparação. “Não penso por esse lado. Fiquei muito feliz pelo reconhecimento de todos pelo Carioca que eu fiz, mas o Ronaldinho tem feito bons jogos e marcou o gol do título da Taça Guanabara. Quanto melhor os dois estiverem, mais o Flamengo ganha com isso. Nós temos uma equipe forte e capaz de brigar pelo título Brasileiro.”
Após meses sem jogar na Alemanha, um retorno mais discreto ao Brasil e a situação de jogar num pólo bem menos badalado como a Arábia Saudita, a consequência foi que o Thiago Neves craque, com potencial para a Seleção, foi praticamente esquecido no Brasil. A Copa do Mundo da FIFA de 20101 chegou e se foi, repleta de pedidos para que Dunga convocasse um punhado de gente para a Seleção, mas o de Thiago nunca pareceu ter surgido como opção.
Perto da Seleção
O meia não fala em arrependimento algum, mas certamente aprendeu que, antes de sair do Brasil, vale a pena pensar duas vezes. “Eu diria que vale, sim. Os clubes estão se estruturando e, aqui, o jogador fica mais em evidência em relação à Seleção Brasileira”, constata ele, no momento em que vive isso da forma mais clara e imediata o possível. “E o aspecto financeiro também evoluiu: hoje o atleta bem pago no Brasil não fica muito distante do nível de salário europeu.”
Contratado pelo Flamengo em janeiro de 20110 como um grande reforço, mas à sombra do alarde estrondoso em torno de Ronaldinho, Thiago Neves não só encontrou logo sua forma como reencontrou no camisa 10 um bom parceiro. Não ser, a priori, a grande estrela da equipe campeã estadual e poder jogar sem que os holofotes estivessem tão voltados para si só fizeram bem a alguém que vinha de tanto tempo longe do país e cercado de dúvidas sobre sua capacidade de ser o jogador top de linha que havia sido alguns anos antes.
O fato de, hoje, ser ele – e não Ronaldinho - o representante flamenguista na Seleção imediatamente virou assunto. E, embora contente pela nova chance, Thiago tem o cuidado de evitar colocar o ex-melhor jogador do mundo, seu amigo desde os tempos em que conviveram na Seleção Olímpica em 2008, como base para comparação. “Não penso por esse lado. Fiquei muito feliz pelo reconhecimento de todos pelo Carioca que eu fiz, mas o Ronaldinho tem feito bons jogos e marcou o gol do título da Taça Guanabara. Quanto melhor os dois estiverem, mais o Flamengo ganha com isso. Nós temos uma equipe forte e capaz de brigar pelo título Brasileiro.”
Foram necessárias voltas e voltas, um caminho algo torto, mas aí está Thiago Neves na posição em que, anos atrás, todos esperariam que hoje estivesse: com seu nome colocado ao lado de estrelas, falando com naturalidade em Seleção Brasileira e em conquistar títulos como protagonista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário