Avanço mexicano, reação argentina
RESUMO DO DIA – Os primeiros dois jogos desta chuvosa terça-feira terminaram empatados em 1 a 1.  A Coreia do Norte mostrou por que é conhecida pela eficiência dos seus contra-ataques e saiu de campo igualada com a Holanda. Os europeus também foram fiéis à sua fama, mas nesse caso a de perder um gol atrás do outro. Em Monterrey, o Japão começou atrás no placar, mas conseguiu reagir e conquistou um ponto contra a França, que curiosamente entrou em campo sem Yassine Benzia, autor de dois gols na espetacular vitória sobre a Argentina no primeiro dia. Apesar do resultado, ambas as seleções lideram o Grupo B com quatro pontos e têm tudo para assegurar a classificação na última rodada.
  Já as partidas que fecharam o dia proporcionaram um pouco mais de emoção aos torcedores locais, principalmente aqueles que estiveram em Morelia e viram o duelo eletrizante no qual os donos da casa bateram o Congo por 2 a 1 e garantiram a primeira vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo Sub-17 da FIFA. A seleção africana, infelizmente, terminou o jogo com nove homens em campo, tornando-se a primeira equipe a levar dois cartões vermelhos nesta edição do torneio. A Jamaica também fez história, graças a Zhelano Barnes, que marcou o primeiro e único gol do país em cinco participações no Mundial Sub-17. Os jogadores capricharam na comemoração, embora a festa tenha terminado com o apito final e a vitória da Argentina por 2 a 1.
Resultados
Coreia do Norte 1 x 1 Holanda
México 2 x 1 Congo
Japão 1 x 1 França
Jamaica 1 x 2 Argentina
O gol do dia
Lucas Pugh (18/2ºT), Jamaica x Argentina
  O atacante argentino Lucas Ocampos recebeu a bola e correu em direção ao gol na esperança de ampliar o placar de 1 a 0 contra a Jamaica em Monterrey. Sem sequer levantar a cabeça, ele enfiou uma bola milimétrica no meio, tirando dois marcadores da jogada para encontrar os pés do seu companheiro de River Plate Lucas Pugh, que nem precisou mudar a passada. A jogada mostrou que a dupla se entende de olhos fechados, com uma comunicação quase telepática, possível apenas entre dois jogadores que treinam juntos e dividem o vestiário toda semana. Pugh, por sua vez, não perdoou o goleiro Nico Campbell e bateu forte no ângulo superior.
Momentos marcantes
Homenagem póstuma
  Foi um dia triste para o Mundial e o futebol como um todo em razão da morte do árbitro russo Vladimir Pettai. Logo depois de apitar o seu centésimo jogo pelo Campeonato Russo, entre Dínamo de Moscou e Rubin Kazan, ele sofreu um acidente de avião, que matou também outras 43 pessoas sob forte nevoeiro em Petrozavodsk. Todas as quatro partidas da Copa do Mundo Sub-17 da FIFA nesta terça-feira prestaram um minuto de silêncio em memória de Pettai, que torcedores e jogadores respeitaram consternados.
Em time que está ganhando...
Muitos treinadores não ousariam mudar a equipe após estrearem em um torneio com goleada de 3 a 0 sobre a poderosa Argentina, mas Patrick Gonfalone definitivamente não é um deles. O ex-atacante de origem tunisiana fez nada menos que três alterações na sua seleção, inclusive deixando no banco Yassine Benzia, autor de dois gols na primeira partida. O substituto dele, Timoue Bakayoko, participou do gol francês no empate em 1 a 1 com o Japão. A pergunta agora é se o técnico voltará para a escalação vencedora quando a França encarar a Jamaica na última rodada.
Amor e ódio
  Na primeira rodada, os torcedores do Estádio Morelos se encantaram com o Congo, que mostrou um futebol alegre e alegórico na surpreendente vitória por 1 a 0 sobre a campeã europeia Holanda. Mavis Tchibota conquistou a predileção do público, que vibrou com as suas brilhantes jogadas pela ponta. Nesta terça-feira, porém, o adversário foi o México e o elegante atacante congolês teve um tratamento completamente diferente. Temido pela habilidade demonstrada alguns dias antes, ele era vaiado impiedosamente a cada toque que dava na bola. Em determinado momento, no meio do primeiro tempo, Tchibota foi cobrar um escanteio e ouviu poucas e boas dos torcedores que estavam bem às suas costas. A sua reação? Soltou uma risada, baixou a cabeça, abriu um sorriso e se voltou para aplaudir o público.
O número
8
– Os chutes a gol que a artilharia norte-coreana precisou disparar para anotar dois gols na competição. Na partida de abertura contra o México, os asiáticos balançaram as redes na primeira de quatro tentativas. Nesta terça-feira, no empate em 1 a 1 com a Holanda, eles marcaram no segundo chute e só efetuaram mais dois tiros contra a meta adversária (totalizando quatro novamente). Em uma cidade como Monterrey, conhecida por seu espírito artístico, os norte-coreanas dominaram a arte do oportunismo.
O que vem por aí?         
Quarta-feira, 22 de junho de 2011 
Uruguai x Ruanda (Pachuca, às 17h de Brasília)

Estados Unidos x Uzbequistão (Torreón, às 17h de Brasília)

Canadá x Inglaterra (Pachuca, às 20h de Brasília)

República Tcheca x Nova Zelândia (Torreón, às 20h de Brasília)