O Barcelona, com toda a sua categoria, volta a ocupar o torno do futebol europeu. Neste sábado, a equipe espanhola dominou o Manchester United, no Wembley, em Londres, venceu por 3 a 1 e conquistou o título da Liga dos Campeões da UEFA para não deixar dúvidas sobre quem manda hoje no futebol europeu.
Vencedor da edição de 2009, o Barça foi barrado na edição passada pela poderosa retranca da Internazionale de Milão, então dirigida por José Mourinho. Pois neste ano o time reencontrou Mourinho, agora comandante de seu arquirrival Real Madrid na mesma fase e passou com autoridade. Na decisão, em reencontro com sua vítima na disputa pelo título dois anos atrás, não deu chances ao adversário, com um futebol vistoso e eficiente ao extremo.
Por dez minutos, os Red Devils tiveram a ilusão de que o desfecho em seu país pudesse ser diferente, exercendo uma forte marcação sob pressão forte no campo de ataque. Com o decorrer do jogo, no entanto, o Barça se ajustou e conseguiu colocar a bola no chão. Aí fica difícil de segurar.
Com uma movimentação de suas peças por todo o campo de modo incessante, combinando velocidade e inteligência, e um toque de bola de muita precisão, o visitante espanhol assumiu o controle da final. Abriu o placar aos 27 minutos, com o jovem Pedro. Ele recebeu uma assistência de Xavi e, livre pela área à esquerda, bateu de chapa no canto.
O United reagiu com rapidez e empatou em 1 a 1 sete minutos depois, pelos pés de Wayne Rooney. O valente e talentoso atacante primeiro tabelou com Michael Carrick. Depois repetiu a jogada com Ryan Giggs e entrou com tudo na área para estufar a rede em um golaço. Mas a frustração de Alex Ferguson foi que o bom futebol de seu time se encerrou por aí.
No segundo tempo, só deu Barcelona, que acuou seu adversário no campo de defesa. O Manchester não viu mais a cor da bola. Ou melhor, ao menos o experiente goleiro Edwin van der Sar a viu. Prestes a anunciar sua aposentadoria, o holandês foi exigido ao máximo. Fez boas defesas, mas não conseguiu impedir que o Barça fizesse mais dois gols.
O primeiro deles veio com Lionel Messi, em jogada dessa vez individual. Ele dominou a bola na meia-esquerda, com liberdade assustadora, puxou para a canhota e chutou forte, rasteiro, de fora da área. Com a visão incoberta pelo zagueirão Nemanja Vidic, que havia feito um ótimo primeiro tempo, ele não alcançou a bola. O segundo e derradeiro, definindo o 3 a 1, foi de David Villa, com um belo toque de cobertura, na entrada da área.
E foi deste modo que o Barcelona retomou o controle da Liga dos Campeões, com dois títulos e uma sofrida queda em semifinal nos últimos três anos.
Desde que perdeu para o Milan a final do torneio em 1994, de mofo enfático, por 4 a 0, o Barça nunca mais foi derrotado em uma final de Copa europeia.
Paralelamente, cresce também o currículo de Messi, espantoso para um jogador de 23 anos, eleito o melhor jogador da final. Ele chegou neste sábado ao 53º gol na temporada, igualando a marca de Cristiano Ronaldo, um recorde de um atleta de um clube espanhol em um ano. A Inglaterra foi o 20º país no qual o argentino já deixou sua marca, balançando a rede.  
Messi só vai completar 24 anos em junho. Boa parte da base vencedora do Barça não foge muito dessa pouca idade. Um mau sinal para a oncorrência, que vai ter de se desdobrar nos próximos anos se quiser passar por esse adversário, caso sesse conjunto seja mantido.