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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Espanyol anuncia contratação de Philippe Coutinho por empréstimo

   Ex-jogador do Vasco desembarca na Espanha e diz estar muito feliz pela negociação



   O Espanyol anunciou nesta segunda-feira que acertou a contratação do meia-atacante Philippe Coutinho, do Inter de Milão, por empréstimo até o final da temporada. De acordo com o clube de Barcelona, o ex-jogador do Vasco desembarcou nesta tarde na Espanha e foi recebido por muitos jornalistas locais. No breve papo com os repórteres antes da apresentação, Coutinho disse:
- Espero poder ajudar o clube a conseguir uma vaga na Liga dos Campeões. Estou muito feliz (pela negociação). É uma grande equipe – salientou o ex-vascaíno em declarações publicadas pelo jornal catalão “Mundo Deportivo”.

Coutinho é destaque no site do jornal "Mundo Deportivo" (Foto: Reprodução)
Coutinho é destaque no site do jornal "Mundo Deportivo" (Foto: Reprodução)

   Atualmente com 19 anos, Philippe foi contratado pelo Inter em 2008, mas seguiu no Vasco até 2010. Pelas seleções de base do Brasil, o meia-atacante foi campeão do Sul-Americano Sub-17 (2009) e do Mundial Sub-20 (2011).
   Em seu site oficial, o Espanyol rasgou elogios ao jovem revelado pelo Vasco: "É uma das promessas mais firmes do futebol europeu, depois de ser uma grande referência em todas as seleções inferiores do Brasil".
   Com a camisa 29 do Inter de Milão, Philippe jogou até o momento 28 partidas e marcou dois gols. Nesta temporada, o brasileiro atuou em apenas oito jogos (cinco no Italiano e três na Liga dos Campeões) e balançou a rede uma vez.

Virou novela: contratação de Nilmar pode ter capítulo decisivo nesta terça

   Clube espanhol precisa contratar um substituto no último dia da janela na Europa. Nilmar não foi relacionado para os últimos dois jogos da equipe

Por Marcelo Prado São Paulo
 
Nilmar na coletiva (Foto: AFP)
Nilmar na coletiva (Foto: AFP)

   A terça-feira promete ser de agitação nos bastidores do São Paulo. O clube tenta viabilizar o acerto com o atacante Nilmar, do Villarreal (ESP) que, por sua vez, espera aproveitar o última dia da janela de transferências na Europa para contratar um substituto para o camisa 7. Nesta segunda-feira, enquanto o empresário do atleta, Orlando da Hora, ficou em Barretos (SP) para resolver problemas particulares, houve uma nova conversa entre o diretor de futebol do Tricolor, Adalberto Baptista, e o advogado do jogador, André Ribeiro.
    O acerto salarial entre as partes ainda não está totalmente equacionado. Outro fator que precisa de ajustes é a forma de pagamento ao clube espanhol.
    A negociação envolvendo os dois clubes envolve € 10 milhões (R$ 23 milhões) e seria paga em duas frentes: uma parte de recursos próprios do clube, que poderia até ter a ajuda de investidores, e a outra do MOP, um fundo denonimado "My Own Player" (meu próprio jogador em português), que investiria para colocar o jogador no Morumbi e depois sairia no mercado vendendo cotas para recuperar o que gastou. Até que isso aconteça, esse fundo seria dono de parte dos direitos econômicos do atleta. Neste modelo de negociação, qualquer pessoa pode investir. Além disso, o São Paulo precisa apresentar as garantias bancárias ao Villarreal.
 
Casos de Henrique e Bruno Uvini também podem ter soluções nesta terça
    Além da novela Nilmar, outros dois casos poderão ter um desfecho. O zagueiro Bruno Uvini interessa ao Tottenham (ING), que poderia pagar até € 4 milhões (R$ 9,2 milhões) pelo atleta. Outro que ainda pode sair é o atacante Henrique, que tinha tudo acertado para atuar por emprestimo no Queens Park Rangers (ING). No entanto, a Federação Inglesa vetou o modelo da negociação e as partes ainda buscam um acordo para uma negociação em definitivo. No molde anterior, os direitos do atleta estavam avaliados em € 6 milhões (R$ 13,8 milhões).

Löw descarta rumores sobre acerto com o Real Madrid se Mourinho sair

   Treinador da seleção alemã seria um dos favoritos da diretoria merengue para substituir o português em junho, mas nega que tenha sido procurado




Joaquim Low no treino da seleção da Alemanha (Foto: EFE)
Löw ressalta vínculo até 2014 com a seleção da
Alemanha (Foto: EFE)

   A princípio, não há a menor possibilidade de Joachim Löw, técnico da seleção alemã, substituir José Mourinho no comando do Real Madrid, em junho. Quem garante é o próprio Löw, que ganhou notoriedade em todo o planeta após a sua equipe apresentar um belo futebol na Copa do Mundo de 2010. Apesar de, segundo a imprensa espanhola, ser um dos principais nomes com os quais a diretoria dos Merengues trabalha para o caso de demissão do português, ele nega que tenha qualquer intenção de assumir o cargo em breve, até porque tem contrato até a próxima Copa, em 2014, com a Alemanha.
    Em entrevista ao Abendzeitung München, Löw chegou a brincar com a possível saída de Mourinho do Real Madrid, antes de negar os boatos de que iria para a Espanha e elogiar o colega de trabalho.
- O Mourinho deveria esperar até 2014, quando meu contrato com a Alemanha acaba. Mas, sério, isso é somente especulação, nada mais. Sou técnico da seleção alemã e não há muitos empregos no mundo melhores do que esse. Não quero nem pensar em nada disso, até porque tenho certeza de que Mourinho é o melhor técnico para o Real Madrid no momento - afirmou.

   O futuro de Mourinho ainda é incerto no Real Madrid. Depois de mais uma derrota para o grande rival Barcelona, nas quartas de final da Copa do Rei, a especulação sobre sua saída se tornou ainda maior na Espanha. No entanto, sua liderança no campeonato nacional, com sete pontos de vantagem, e ainda a classificação à fase decisiva da Champions League com o melhor retrospecto da etapa de grupos, pesam a favor do português.

Atlético sofre, mas bate Osasuna e emplaca terceira vitória consecutiva

   Equipe de Diego Simeone volta a vencer e já sobe para sexta posição do Campeonato Espanhol, empatada com o Athletic Bilbao, com 29 pontos




diego godin atletico madrid x osassuna (Foto: EFE)
Godín marcou o gol da vitória do Atlético (Foto: EFE)

   A grande fase do Atlético de Madri de Diego Simeone continua. Nesta segunda-feira, os colchoneros sofreram, mas derrotaram o Osasuna, fora de casa, por 1 a 0, e chegaram à terceira vitória consecutiva no Campeonato Espanhol. O gol do triunfo da equipe da capital espanhola foi marcado por Diego Godín, ainda no primeiro tempo do confronto.
    O centroavante Falcao García, destaque das últimas rodadas, ao contrário do que se esperava, não brilhou, e perdeu grandes oportunidades de marcar gols e manter o bom momento. O gol do Atlético, inclusive saiu de um lance em que o atacante não conseguiu concluir.
    Após cobrança de escanteio, o colombiano surgiu com muita velocidade no meio da zaga adversária, mas se enrolou com a bola na hora de finalizar e a bola sobrou para Godín chutar forte para o fundo do gol e colocar a equipe colchonera na frente, aos 40 minutos do primeiro tempo.
    Com o resultado, o Atlético chega a 29 pontos e fica empatado com o Athletic Bilbao na sexta colocação - que dá vaga na próxima edição da Liga Europa. A única vantagem do Bilbao é ter maior saldo de gols: cinco, contra apenas quatro do time de Madri. Na próxima rodada, o time recebe o Valencia no Vicente Calderón.

Roberto Carlos quer contrato vitalício no Anzhi, mas avisa: 'Paro neste ano'

   Em entrevista exclusiva, lateral de 38 anos confirma aposentadoria em 2012, diz que ficará para sempre no clube russo e provoca o Barcelona

Por Marcelo Baltar Rio de Janeiro
  
Roberto Carlos Anzhi Makhachkala (Foto: Reuters)
Roberto Carlos: hora do adeus (Foto: Reuters)
 
    Após 23 anos, uma das carreiras mais vitoriosas da história do futebol brasileiro está chegando ao fim. Aos 38 e com 24 títulos no currículo, Roberto Carlos vai parar. Em entrevista ao, por telefone, o lateral não precisou o dia, mas confirmou a data limite para pendurar as chuteiras:
- Vou parar neste ano. Vai ser em junho ou em dezembro. Ainda não decidi a data exata, mas será neste ano - disse o lateral-esquerdo, que planeja ainda assinar em breve um contrato vitalício com o clube russo para trabalhar fora dos gramados.

   Na ficha corrida, vários e variados troféus. Campeão mundial com a Seleção Brasileira (2002) e com o Real Madrid (1998 e 2002), Roberto Carlos também faturou - entre outros títulos - três Ligas dos Campeões e quatro Campeonatos Espanhóis com os merengues. Foi tanto sucesso no clube espanhol, onde jogou entre 1996 e 2007, que a excelente fase do principal rival do Real não impressiona:
- O que o Barcelona está vivendo hoje, eu vivi por 12 anos no Real Madrid.
   
   Em um momento da vida em que divide a profissão de jogador de futebol com a de técnico ocasional, auxiliar, conselheiro de dirigente, embaixador de Copa do Mundo, empresário musical e até jornalista por um dia, Roberto Carlos se diz resolvido. Após se aposentar, não deixará o meio do futebol, mas leva a cada dia mais sério seu principal hobby: a música.
    Durante quase uma hora de entrevista por telefone, o principal lateral-esquerdo do Brasil nas últimas décadas falou sobre aposentadoria, projetos, Corinthians, entre outras coisas. Sobre a Seleção Brasileira, nada de mágoas. Afinal, foram quatro títulos, uma medalha de bronze olímpica e 125 jogos. Nem mesmo o episódio do “meião”, na Copa de 2006, que marcou sua polêmica despedida do escrete brasileiro, parece incomodar:
- A minha história na Seleção está aí para quem quiser ver. Sou feliz por tudo o que vivi.

   Além de jogador, embaixador da Copa do Mundo de 2018 na Rússia, e treinador do Anzhi (Roberto Carlos comandou a equipe em alguns jogos na última temporada), você agora está no ramo musical, com a RC3 Shows.

Roberto Carlos: Estou há cinco anos nessa.  Além de jogador de futebol, sou empresário musical. Comecei em São Paulo, com uma sociedade, mas há dois anos estou sozinho com um escritório novo. Temos alguns artistas, como a Paulinha e o Marlus, uma dupla de forró.
 
   E de onde tira tempo para tocar um negócio no Brasil?
    Tenho o Júnior, que é uma pessoa da minha inteira confiança, que me ajuda no Brasil. Trabalho com música porque é uma coisa que eu gosto muito. É até um jeito de controlar a minha vida pessoal. Gosto de desafios. Toda a minha carreira, toda a minha vida foi assim. Nada mais me assusta. Procuro aprender e levar em frente . Quero dar oportunidade a pessoas talentosas que queiram ficar conhecidas no Brasil e no exterior. Assim como foi comigo, que tive a oportunidade de ir para a Inter de Milão (em 1995) e mostrar o meu talento na Europa.

Roberto Carlos comemorando gol pelo Anzhi (Foto: Reprodução)
Idolatria no Anzhi: segundo Roberto, o último clube da carreira (Foto: Reprodução)
 
   Você chegou a acumular a função de técnico no final do ano passado. Aliviado com a chegada do novo treinador, Yury Krasnozhan?
    Não é bem aliviado. Quando chega um treinador novo, tudo muda. Tínhamos uma filosofia de trabalho no ano passado, e agora ele está se adaptando ao clube. Pouco a pouco, no dia a dia, ele vai se adaptando. O Yury Krasnozhan era treinador do Lokomotiv, é russo, e tem uma grande experiência no futebol russo. Precisa se adaptar à estrutura do Anzhi, que é uma estrutura como a do Real Madrid, como dos maiores clubes do mundo. Queremos entrar nas competições europeias, conquistar o Campeonato Russo e vencer a Liga dos Campeões da Europa daqui a uns dois ou três anos.

    E como dirigente? O Anzhi sondou jogadores como Neymar, Ganso, Lucas. Está de olho em jovens revelações brasileiras para a próxima janela?

   Ainda estamos esperando para ver as melhores opções. O problema é que a Federação Russa não libera mais de seis estrangeiros por clube. Vamos ver o que a gente consegue. A ideia é trazer uns três jogadores russos de alto nível, da seleção, e mais uns dois estrangeiros. É claro que indico jogadores do Brasil, mas os clubes brasileiros estão dificultando muito as coisas. Graças a Deus os clubes estão conseguindo pagar bons salários e segurar os melhores jogadores. Para o futebol brasileiro, isso é ótimo, mas para a gente, aqui de fora, dificulta um pouco. Estamos atrás de um zagueiro e um atacante estrangeiro. Estamos pesquisando.
Vou parar neste ano. Vai ser em junho ou em dezembro. Ainda não decidi a data exata, mas será neste ano."
Roberto Carlos
 
   Com tantas funções no Anzhi, uma volta ao futebol brasileiro está descartada?
    Sim. Não tem mais jeito. Agora meu pensamento é no Anzhi. Depois, quando parar, penso em investir no futebol brasileiro. Comprar jogadores, como o Neymar, o Ganso e o Montillo e colocá-los no clube que a gente quiser, provavelmente em clubes brasileiros. Vamos levar jogadores de alto nível para o futebol brasileiro. Isso vai abrir o mercado. Casos como os de Petkovic e Montillo são bons exemplos.
 
E quando isso vai acontecer? Está pensando em parar?
    Vou parar neste ano. Vai ser em junho ou em dezembro. Ainda não decidi a data exata, mas será neste ano.
 
Mas tem contrato com o Anzhi (até junho de 2013)...
   Tenho contrato de cinco anos no papel, mas vamos fazer um contrato vitalício. O contrato, inclusive, já está pronto, mas ainda não está assinado. Quando parar de jogar, vou continuar trabalhando e ajudando o clube.
 
Como é sua relação com o presidente e proprietário do Anzhi, Suleiman Kerimov, magnata do petroóleo?
    O Suleiman me dá todas as condições de trabalho, confia muito em mim. Ele é um cara  tranquilo, uma pessoa normal, como a gente. Encontro com ele quase todos os dias. Passo a minha experiência dos tempos em que joguei em clubes grandes, como Real Madrid, Inter de Milão, o Palmeiras daquela época. Vou ficar do lado dele até o dia que ele cansar de mim (risos). Ele me trata com muito respeito, me conhece como pessoa e isso é o que importa. Como jogador, ele já me conhecia, mas agora ele sabe a pessoa que sou. Não se surpreendeu com o que ele viu. Sou o Roberto Carlos da Silva de sempre. Só aconteceu de ser jogador de futebol.

Roberto Carlos, grêmio x corinthians (Foto: Agência Estado)
Apesar da saída conturbada, Roberto gostou de ter
jogado no Corinthians (Foto: Agência Estado)
 
   Você falou que o Palmeiras "daquela época" em que jogou no clube (93-95) foi grande. Não é mais?
    No futebol brasileiro, hoje, alguns clubes não respeitam os jogadores. O Flamengo, por exemplo, contrata o Vagner Love, mas deixa de pagar todos os outros jogadores por três ou quatro meses. Na minha época, o Palmeiras era organizado, tinha grandes jogadores e pagava em dia. Hoje, o que se vê é uma bagunça, torcedores cobrando jogadores fora das arquibancadas. Esse tipo de coisa não pode acontecer.
 
   No Corinthians isso também aconteceu contigo. Você foi cobrado por torcedores após a eliminação na Libertadores e deixou o clube...
   Não guardo mágoas. Umas das maiores experiências da minha vida foi jogar no Pacaembu lotado com 35 mil pessoas, sendo contra times grandes ou pequenos. O torcedor corintiano é muito fiel. O que aconteceu na minha saída não foi coisa de torcedor. Não podemos valorizar essas pessoas. São 100 no meio de 30 milhões. São pessoas que querem aparecer. Minha passagem pelo Corinthians, no geral, foi maravilhosa. Me deu a oportunidade de disputar novamente um Campeonato Brasileiro, um Paulista, a Libertadores. Foi uma pena eu ter saído, mas não posso reclamar do nosso país.
    No futebol brasileiro, hoje, alguns clubes não respeitam os jogadores. O Flamengo, por exemplo, contrata o Vagner Love, mas deixa de pagar todos os outros jogadores por três ou quatro meses. Na minha época, o Palmeiras era organizado, tinha grandes jogadores e pagava em dia. Hoje, o que se vê é uma bagunça, torcedores cobrando jogadores fora das arquibancadas. Esse tipo de coisa não pode acontecer"
Roberto Carlos
 
   E como vê o Brasil se preparando para a Copa do Mundo?
    Eu acho que o Brasil está se preparando bem. Participei de três Copas do Mundo. Na França (1998), Coréia e Japão (2002), e Alemanha (2006). Sinceramente, acho que Brasil e Rússia (2014 e 2018) vão sediar as duas maiores Copas de todos os tempos. O futebol está evoluindo, e acredito que os estádios terão uma grande estrutura. O Brasil tem condições, e a Rússia nem se fala. Financeiramente, é um dos países mais fortes do mundo. O Qatar, em 2022, também vai sediar uma grande Copa do Mundo.

    E como é ser embaixador da Copa do Mundo na Rússia?
    Recebi o convite para ser embaixador da Copa na Rússia e topei. Queria ser do Brasil, mas não me convidaram para fazer parte. Tive a sorte de me chamarem para trabalhar na Copa da Rússia. Não guardo mágoas por não ter sido chamado para trabalhar no Brasil, mas acho que jogadores como eu, Rivaldo e Cafu tinham espaço para trabalhar ao lado do Ronaldo.
 
    Guarda mágoas da maneira de como deixou a Seleção Brasileira após o episódio contra a França, na Copa de 2006? (Roberto Carlos foi apontado como um dos responsáveis pela eliminação brasileira, pelo fato de estar arrumando a meia no momento do gol de Thierry Henry, que eliminou o Brasil)
    A Seleção Brasileira foi tudo na minha vida. Sou um fã da Seleção. E a minha história na Seleção está aí para quem quiser ver. Não tenho que ficar preocupado se alguém falou isso ou aquilo. Cada um tem direito de falar o que quiser, a torcida pode falar o que quiser. Pela Seleção, conquistei duas Copas América, uma Copa das Confederações e uma Copa do Mundo. Sou feliz por tudo o que vivi.

roberto carlos ANZHI   (Foto: Divulgação/Site Oficial)
Roberto Carlos diz que assinará contrato vitalício
com o Anzhi (Foto: Divulgação/Site Oficial)
 
   Após 125 jogos com a camisa da Seleção, gostaria de ter um jogo de despedida?
   Isso não me preocupa. Minha história está marcada. Na história da Seleção, o Pelé tem sua história, o Rivaldo tem sua história, o Ronaldo tem sua história, e vão ver o meu nome também. O povo brasileiro respeita muito o Roberto Carlos. Uma minoria não vai apagar o que consegui em 23 anos de futebol.
 
   Você trabalhou com o mano Menezes no Corinthians. Como vê a preparação do Brasil para a Copa?
    Tem que dar tempo ao tempo. O Mano tem que escolher os melhores nomes. Na nossa época, todos sabiam quem eram os melhores. Agora, os torcedores têm que ter paciência e respeitar o trabalho do Mano. O time terá muitas dificuldades, sofrerá muita pressão. O Brasil tem que voltar a ganhar, o povo brasileiro está acostumado a ganhar. Temos que conquistar logo o torcedor. Não podemos deixar para conquistá-los na véspera da competição. Temos que fazer os melhores amistosos e vencer. Mas agora o Brasil não tem que pensar no topo. Tem que pensar passo a passo e preparar o time, pois a Copa do Mundo está muito próxima. Não temos que pensar em ser o número um do ranking da Fifa agora. Temos que chamar os melhores jogadores e montar o melhor time possível. O Brasil, do número 1 ao 23, tem um dos melhores grupos de seleção do mundo, ao lado de Espanha e Alemanha. Tem tudo para convocar os melhores jogadores e prepará-los psicologicamente para a pressão, que será grande.
 
   A disputa pela lateral esquerda, posição que ocupou durante 15 anos na Seleção, está aberta.
    Conhecendo o Mano, sei que ele pode improvisar. Ele tem muitas opções. Pode improvisar o Daniel (Alves), chamar o André (Santos), o Marcelo, o Juan, o Kleber. Jogadores de qualidade ele tem. Nunca vai ter outro Pelé, outro Taffarel, outro Ronaldo, mas sempre teremos grandes jogadores. Hoje, para mim, o Marcelo é o titular. Ele pode ser titular na Copa, desde que faça o que vem fazendo no Real.
Vivi 12 anos no Real Madrid e foram 12 anos ganhando títulos. Ganhávamos pelo menos um título por ano. O Barcelona está ganhando há seis, sete anos. O que o Barcelona está vivendo hoje, eu vive por 12 anos no Real Madrid"
Roberto Carlos
 
   E como foi confirmar o acerto entre Vagner Love e Flamengo pelo Twitter. Viveu um dia de jornalista?
    Desejo a ele muito sucesso. O Vagner é muito respeitado aqui na Rússia. O melhor de tudo é que fui o primeiro a dar a notícia pelo Twitter. Atropelei vocês da imprensa (gargalhadas). Foi uma experiência boa. Um dia de jornalista (risos). Falando sério, foi um jantar super agradável com o Love e o dirigente do Flamengo (Michel Levy, vice de finanças do clube carioca). As negociações (entre Flamengo e CSKA) estavam acontecendo. Jantando com o Vagner, tinha certeza de que o presidente do CSKA (Yevgeny Giner) não iria dificultar e meti no Twitter. Ele merece estar de volta ao Brasil. Vai jogar ao lado do Ronaldinho, do Léo Moura. Espero que ele volte bem, volte a fazer gols, se sinta feliz na casa que ele gosta. Ele gosta muito do Flamengo e está muito feliz.
 
   Para encerrar, como é para você ver o Real Madrid perdendo tanto para o Barcelona como nos últimos anos? Esse Barcelona é mesmo um dos melhores times da história?
    Vivi 12 anos no Real Madrid e foram 12 anos ganhando títulos. Ganhávamos pelo menos um título por ano. O Barcelona está ganhando há seis, sete anos. São fases do futebol, e eu já passei por isso no Real. O mais difícil é se manter no topo. É normal dar uma caidinha depois de um tempo. O Real Madrid pode voltar a vencer o Barcelona, mas tem que jogar como no último jogo (empate por 2 a 2 na Copa do Rei, que eliminou o Real Madrid da competição), quando teve uma atuação completamente diferente das que vinha tendo nos últimos clássicos. O que o Barcelona está vivendo hoje, eu vivi por 12 anos no Real Madrid.

Costa do Marfim vence mais uma, segue 100% e avança em primeiro

   Grande favorita ao título da Copa Africana derrota (e elimina) Angola e se classifica como líder do Grupo B para as quartas de final da competição




    O jejum está mais próximo de ser quebrado. Desde 1992 sem levantar o troféu da Copa Africana de Nações, mesmo tendo uma seleção muito forte nos últimos anos, a Costa do Marfim parece que, enfim, vai embalar. A equipe marfinense confirmou o favoritismo, bateu Angola por 2 a 0 e se classificou como líder do Grupo B para as quartas de final da Copa Africana de Nações com 100% de aproveitamento (três vitórias em três partidas disputadas).
    E na partida desta segunda-feira, como já estava com a classificação garantida, a Costa do Marfim não precisou nem entrar em campo com seus principais jogadores. Drogba (que entrou quando faltavam 10 minutos para o fim), Gervinho, Yaya Touré, Keita e muitos outros titulares foram poupados pelo técnico Sven-Goran Eriksson. Sendo assim, coube ao camisa número 12, Bony, chamar a responsabilidade e ser a grande estrela do jogo, com um gol e uma assistência.

Wilfried Bony e Max Gradel comemora gol da Costa do Marfim sobre Angola (Foto: AP)
Wilfried Bony e Max Gradel comemoram segundo gol da Costa do Marfim sobre Angola (Foto: AP)

   Mas a vitória dos Elefantes não teria sido tão tranquila se não fosse pela grande colaboração dos angolanos. Nos lances dos dois gols da equipe da Costa do Marfim, a zaga de Angola se mostrou totalmente perdida. O primeiro aconteceu aos 33 minutos do primeiro tempo, quando Bony fez boa jogada pela ponta esquerda e cruzou rasteiro para a área. Quiame tentou cortar, mas a bola bateu na sua canela e sobrou limpa para Eboué só empurrar para a rede.
    O erro na jogada do segundo tento marfinense, no entanto, foi ainda mais inacreditável. Após um lançamento despretensioso para o ataque da Costa do Marfim, o zagueiro Afonso tentou recuar a bola para o seu goleiro, de cabeça, mas não percebeu que ele já havia deixado a meta e acabou encobrindo-o. A bola já ia entrando quando Bony apareceu, em velocidade, para garantir que não haveria chance de nenhum zagueiro evitar o gol e ampliou: 2 a 0.
    O pior para Afonso é que, além de selar a vitória da Costa do Marfim, o gol ainda eliminou a sua seleção da Copa Africana pelo saldo de gols. A equipe do Sudão, que estava empatada com os angolanos na disputa pelo segundo lugar do grupo, venceu Burkina Faso, por 2 a 1, e ficou com saldo de zero, enquanto Angola, com a derrota, viu o seu cair para um gol negativo.

Porto perde Guarín e Belluschi, mas fecha volta de Lucho e contrata Janko

   Colombiano vai para o Inter de Milão e argentino para o Genoa, mas meia do Marselha e atacante austríaco reforçam os Dragões no próximo mês




lucho gonzalez olympique de marselha gol rennes (Foto: agência AFP)
Lucho volta ao Porto após passar temporada de
altos e baixos no Olympique (Foto: Agência AFP)

   A última noite antes do fechamento da janela de transferências de inverno no futebol europeu foi movimentada na cidade do Porto. Os Dragões estão passando por uma reformulação em seu elenco neste final de janeiro. Se no início desta temporada o clube já havia negociado um dos seus destaques de 2011, quando o time venceu o Campeonato Português, a Copa de Portugal e a Liga Europa, o atacante Falcao García, agora é a vez de outro grande nome daquele ano ser negociado: o apoiador colombiano Freddy Guarín vai ser emprestado ao Inter de Milão, por 2 milhões de euros.
    Marcelo Ferreira, representante do jogador, confirmou à imprensa portuguesa que o acordo está selado e vai ser anunciado em breve. O empréstimo tem opção de compra ao final da temporada, com valor de 11 milhões de euros. E Guarín não é o único a deixar o Porto neste fim de janela. O meia argentino Belluschi também está mudando de ares e é outro que vai jogar na Itália até o meio do ano. O apoiador vai defender o Genoa.
    No entanto, também há notícias boas para o torcedor portista: o experiente meio-campista Lucho González está de volta ao clube. O Olympique de Marselha anunciou, em seu site oficial, que um acordo para a negociação do jogador foi selado, e ele já está em Portugal para acertar os últimos detalhes. Além dele, o atacante austríaco Janko, do Salzburg, é mais um reforço para os Dragões. O jogador foi o grande artilheiro do campeonato da Áustria de 2008-09 com 39 gols.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Veterano aos 26 anos, Diego chega a uma década como atleta profissional

   Craque no Santos, ídolo na Alemanha e decepção na Itália, meia do Atlético de Madri se diz feliz com carreira, mas mostra leve decepção com Dunga

Por Cahê Mota , em Madri
 
   "Ao longo dos anos eu cometi erros e acertos. Mas sou completamente satisfeito com tudo que aconteceu"
Diego

   Precoce é a melhor palavra para definir a trajetória de Diego no futebol. Profissionalizado pelo Santos com apenas 16 anos, aos 17 foi a principal figura do título brasileiro de 2002 – quando virou febre nacional ao lado de Robinho. Chegou à Seleção Brasileira principal e foi campeão da Copa América com 19. Aos 20, já na Europa, tinha o Mundial Interclubes conquistado pelo Porto no currículo.
    Neste período, viveu também a sua maior frustração, aos 18, com a eliminação no Pré-Olímpico para Atenas-2004. Tantas histórias fizeram o tempo passar voando e transformaram o meia em um veterano de 26 anos. No último dia 20, ele completou dez anos como jogador profissional, uma retrospectiva do atual camisa 22 colchonero.
    Ídolo no Santos e no Werder Bremen, decepção no Juventus e no Wolfsburg, e com uma passagem regular pelo Porto, Diego vive em seu quarto país em oito anos de Europa. No Velho Continente, chegou a fazer parte da lista dos melhores do mundo em 2009, mas logo depois não teve sucesso no sonho de jogar na Itália. Alegrias e frustrações que fazem do meia um homem satisfeito com a história escrita ao longo da última década.
- Sempre fui muito ambicioso, sempre acreditei no meu potencial. Sabia que as coisas iriam acontecer, mas aconteceram mais rápido que o esperado. É claro que ao longo dos anos eu cometi erros e acertos. Uns fazem mais diferença do que os outros, mas no geral encaro tudo como positivo. Sou completamente satisfeito com tudo que aconteceu.

Diego comemora 10 anos de carreira (Foto: Cahê Mota / GLOBOESPORTE.COM)
Diego comemora 10 anos de carreira (Foto: Cahê Mota)

   A satisfação de Diego não é completa, no entanto, por uma “dívida”: disputar uma Copa do Mundo.
- Nesses dez anos, quase tudo que eu sonhava aconteceu. Só falta uma Copa. É um sonho que tenho, ainda não realizei e trabalho com esse pensamento. É minha motivação.
   Os altos e baixos com a Seleção Brasileira, inclusive, entraram em pauta na entrevista, na qual Diego deixou clara a insatisfação com o tratamento recebido por Dunga, analisou a importância de sua geração para o surgimento de craques como Neymar, no Santos, e falou do desafio de reerguer o Atlético de Madri ao lado de Falcao Garcia e Simeone, além de explicar as passagens ruins por Juventus e Wolfsburg. Confira abaixo todo o bate-papo com o meia que estreou profissionalmente no dia 20 de janeiro de 2002 na vitória por 3 a 0 do Santos diante do América/RJ pelo torneio Rio-São Paulo.

Diego, meia do Atlético de Madri, contra o Málaga (Foto: EFE)
Diego em ação pelo Atlético (Foto: EFE)
 
   Depois de uma temporada não muito legal no Wolfsburg, até com algumas polêmicas, você tem tido boas atuações no Atlético de Madri. Mesmo com a equipe não tão bem, você tem sido elogiado. Podemos dizer que se encontrou novamente?
 
Diego: Até agora as coisas têm acontecido de uma forma maravilhosa. A última temporada talvez tenha sido uma das mais importantes da minha carreira. Foi de muito aprendizado no Wolfsburg, com a novidade de brigar contra o rebaixamento. Eu, como principal contratação, tive uma responsabilidade nisso. Quando o resultado é ruim, tudo vai mal. Foi um ano de erros, acertos e aprendizado. Agora, estou na Espanha, um lugar onde sempre sonhei jogar. A Liga é maravilhosa, o Atlético é um clube grande, de tradição, e tudo tem ido bem. É verdade que, pelos jogadores que temos, podemos melhorar como a posição na tabela. E temos feito isso. Estamos nos caminho certo. Sinto o carinho de todos em Madri. Estou feliz.
    Foi um ano de erros, acertos e aprendizado"
Diego sobre passagem no Wolfsburg
 
   O futebol praticado na Espanha casa mais com seu estilo?
    Favorece. Todas as equipes aqui têm o estilo técnico de jogar, e isso ajuda. Mas o mais importante é o time que você joga saber usar suas qualidades. Isso influencia muito. Foi o que aconteceu comigo na própria Alemanha. Mesmo com um estilo mais defensivo, mais difícil para o jogador técnico, eu atuava em uma equipe que me favorecia, que foi o Werder Bremen. Então, mais do que o estilo do país, o importante é a sua equipe. No Atlético tem sido assim.
 
   E Madri? Como tem sido a sua vida, já está totalmente à vontade?
    A cidade é maravilhosa. A Espanha tem muitas coisas parecidas com o Brasil. Madri é espetacular. Tudo acontece de segunda a segunda. Isso é muito bom. Minha família, esposa e filhos estão muito satisfeitos, e comigo não é diferente. Meu dia a dia é de treino, e sempre que possível dou uma volta de carro com minha família, vamos a restaurantes. Faço churrasco com amigos quando possível. Essa tem sido minha vida aqui. Muito agradável.

Diego comemora gol do Atlético de Madrid (Foto: EFE)
Diego comemora gol pelo Atlético de Madri (Foto: EFE)
 
   Você é de uma geração que acompanhou bem de perto o Simeone como jogador, e ele sempre foi marcado por polêmicas, chamado de violento... Como tem sido a convivência com ele, agora como treinador?
    A relação até agora tem sido espetacular. Ele tem sido muito inteligente. Fala a mesma língua do jogador, o que é muito importante, e entende bem o que sentimos. Já esteve do outro lado. E a rivalidade Brasil e Argentina fica dentro de campo. É saudável, e acredito que cada vez mais está melhor. Eu já tive dois grandes amigos argentinos, Lucho Gonzalez e Lisandro Lopéz, quando joguei no Porto. Agora, estou tendo um excelente relacionamento com mais um. Como treinador, ele é muito atento aos detalhes. Cobra muita dedicação nos treinamentos, atenção, concentração e tem dado resultado. Estamos todos muito satisfeitos com ele.

Diego comemora 10 anos de carreira (Foto: Cahê Mota / GLOBOESPORTE.COM)
Diego durante entrevista (Foto: Cahê Mota)
 
   Apesar de ainda ser muito jovem, você completa nesta temporada dez anos de carreira. Queria que fizesse um balanço dessa década, o que deu certo, o que deu errado, poderia ser melhor...
    Nesses dez anos quase tudo que eu sonhava aconteceu. Só falta disputar uma Copa do Mundo. É um sonho que tenho, ainda não realizei e trabalho com esse pensamento. É minha motivação. De restante, fui presenteado com tudo que sonhei. No Santos, fui o campeão brasileiro mais novo da história. No Porto, conquistei  o Mundial Interclubes. Depois, no Werder Bremen, vivi três dos meus melhores anos. Títulos, gols, reconhecimento, marca na história. Joguei em um grande clube como o Juventus, um time reconhecido mundialmente. E agora estou em outro país. Isso não tem preço, ter novas experiências, ser reconhecido pelo trabalho por diversos países, diferentes torcidas, culturas... Graças a Deus, isso aconteceu por onde passei. Foram dez anos em que fui muito feliz e grato a Deus. Muita coisa boa aconteceu. Alcancei meus objetivos, e se Deus quiser o de disputar uma Copa do Mundo também vai chegar.
 
   Quais foram os momentos mais marcantes positiva e negativamente?
    Positivamente, é difícil citar. Tive momentos inesquecíveis. Começou com o título brasileiro, sem dúvidas. Com apenas 17 anos, conseguir um título depois de um jejum de 19 e sobre o Corinthians... Casou tudo de uma forma perfeita. Vou citar três momentos (risos). Em dez anos, muita coisa boa aconteceu. O segundo foi minha primeira convocação para a Seleção. E por fim, todos os momentos que vivi no Werder Bremen. É difícil falar só de um. Foram anos maravilhosos, alcancei coisas espetaculares, como estar na lista dos melhores do mundo. Foi um período especial. Talvez o mais difícil e que marcou bastante foi a eliminação no Pré-Olímpico para Atenas-2004. Não conseguimos a vaga, e, por ser o principal jogador daquele time, eu carreguei um peso muito grande. Mas logo depois de dois, três meses, veio a superação com a convocação para Copa América. Com apenas 19 anos, tive a felicidade de ser campeão. Foi algo que me marcou bastante pela recuperação. A crítica foi muito dura por parte de todos. Consegui me recuperar e sair fortalecido.
 
   Depois de dez anos, você vê sua carreira como imaginou há dez anos ou poderia ter sido melhor, estar em uma situação melhor?
    Acho que tudo aconteceu mais rápido do que eu esperava. Essa é a verdade. Sempre fui muito ambicioso, sempre acreditei no meu potencial. Sabia que as coisas iam acontecer, mas aconteceram mais rápido que o esperado. A subida para o profissional, o título que eu sonhava, a ida para Europa, a convocação para Seleção... Tudo foi mais rápido. É claro que ao longo dos anos eu cometi erros e acertos. Uns fazem mais diferença que os outros, mas no geral encaro tudo como positivo. Alcancei os objetivos que gostaria. Poderia, sim, ter sido campeão com o Juventus, com o timaço que nós tínhamos, mas, enfim, a vida é assim. Nem sempre vamos ganhar. No geral, sou completamente satisfeito com tudo que aconteceu.

Diego - Wolfsburg x Werder Bremen (Foto: EFE)
Diego em ação pelo Wolfsburg contra o Werder, clube onde brilhou na Alemanha (Foto: EFE)
 
   Você sofreu mais por ser um ídolo precocemente?
    Claro. Isso aconteceu, sem dúvidas. Quanto mais cedo você aparece, mais cedo você é cobrado e passa por momentos difíceis. Procurei acompanhar esse ritmo, ir aprendendo e aproveitando cada temporada, cada partida. Nos oito anos que estou na Europa, vivi experiências maravilhosas. Estou tão satisfeito, quero ficar aqui por mais um tempo e seguir melhorando.Com 26 anos, ainda tenho muito a aprender, a conquistar, e vou procurar isso.

Diego Felipe Melo Juventus (Foto: AFP)
Diego e Felipe Melo nos tempos de Juve (AFP)
 
   Por que a temporada no Juventus não deu certo?
    O que fez a diferença foi o resultado. E quanto maior e mais tradicional for o time, mais rápido tem que ser o resultado. O investimento foi muito grande, mas não foi somente uma mudança da equipe, como também de uma filosofia que tentaram fazer no Juventus. É um clube que sempre teve como característica um futebol defensivo, o jogo direto, e queria ter uma nova cara,com futebol alegre, toque de bola e técnica. Foi aí que me contrataram, levaram também o Felipe Melo, muitos jogadores de qualidade. A equipe era realmente muito forte e todos esperavam o título. Mas não aconteceu. Ainda assim, acho que a imagem que ficou foi maravilhosa. O respeito que todos têm por mim.Torcida, imprensa, jogadores... Sempre confiaram em mim. Joguei todas as partidas como titular, vivi bons momentos no começo do campeonato, com gols,mas depois a equipe foi caindo. Tenho minha responsabilidade por isso e as críticas começaram a aparecer. Mas sempre senti confiança e carinho por parte de todos. O que aconteceu foi que chegou depois um treinador que atuava em um sistema que não existia meia. Então, tomamos a decisão de que seria difícil continuar dessa forma. Ele apostou em outro estilo de jogador. Surgiu a ideia de talvez me negociar. Foi quando entendemos que era a melhor opção. O clube recuperou boa parte do investimento e eu voltei para um país onde sempre fui muito bem. No geral, a passagem pela Itália foi legal.
 
   Pelo ano seguinte, na Alemanha, não ter sido tão bom, nunca bateu um arrependimento por não ter esperado um pouco mais no Juventus?
    Como a ideia partiu do clube, do Marota, diretor na época, e do treinador Del Neri, que já tinha trabalhado no Porto e dito que eu dificilmente ia jogar com ele, o que até o fez ser mandado embora... Então, não partiu de mim. Eu estava feliz e pronto para encarar mais um desafio no clube. Mas se essa era a ideia, como jogador de qualidade, sempre surgem propostas. Não tenho esse peso na consciência. Eu tinha cinco anos de contrato, e eles decidiam tudo. Fui muito satisfeito e feliz para o Wolfsburg.
 
Onde a passagem também não foi muito legal...
    Aí, sim, foi um momento de muito aprendizado. Ninguém esperava que iríamos brigar contra o rebaixamento com o timaço que tínhamos. Mas a vida é assim, nos traz surpresas. Temos que superá-las e seguir em frente.

Diego do Wolfsburg (Foto: Getty Images)
Diego teve passagem irregular pelos Lobos (Foto: Getty Images)
 
   Se no Wolfsburg a passagem não foi boa, sua história na Alemanha deu muito certo e em um futebol que, na teoria, não encaixa muito com o seu. O que aconteceu para que esse casamento tivesse sucesso?
    Acredito que foi um casamento perfeito de equipe e jogador. O Werder Bremen tem uma importância fundamental nisso. Acreditou no meu potencial, criou uma equipe base, que pouco foi alterada, e o sistema funcionava muito bem. Lógico, trabalhei muito, me preparei muito bem, e foram anos nos quais a equipe jogou muito bem. Consequentemente, os brilhos individuais vão aparecendo. Em três anos, ganhamos títulos, nos classificamos sempre para Champions, e isso fez com que eu aparecesse muito mais.
 
   E a adaptação à Alemanha?
    É um país maravilhoso. O que é diferente para nós é o frio, que aperta um pouco durante dois meses, mas as pessoas são maravilhosas. Tudo funciona: organização, respeito, os direitos humanos prevalecem de forma incrível. Para mim, foi um prazer viver lá por quatro anos.


   Antes de você fechar com o Atlético de Madri, falou-se muito de um retorno ao Brasil. Inclusive, da proximidade de acerto com o Botafogo. O que houve de verdade nisso tudo?
    Eu não tinha preconceito nenhum com equipe nenhuma. Sabia do momento que vivia no Wolfsburg e estava aberto a todo tipo de proposta. Surgiu o interesse de clubes brasileiros, da China, do Qatar, da Espanha, da Itália, e avaliei todos. A verdade é que no Brasil não apareceu nada concreto. Falei com muitos dirigentes, treinadores, mas não apareceu nada no papel. Não pedi para ir a nenhum clube. Todos sabem do carinho que tenho pelo Santos, isso é claro, mas depende do interesse do jogador e do clube também. Alguns clubes acharam o valor alto, e as coisas não seguiram em frente. Foi isso que aconteceu. Se tivesse que voltar, voltaria, mas estou com 26 anos, no meio de um contrato que talvez seja o mais importante da minha carreira, e é importante caminhar junto no profissional e no pessoal. Foi o que aconteceu com o interesse do Atlético de Madri. Até agora, tudo tem dado certo.
 
   Sua ideia no momento, então, é ficar por um longo período na Europa?
   Nunca sabemos o que vai acontecer no futuro. Estou há oito anos na Europa, tenho esse contrato atual (de empréstimo ao Atlético) e mais dois com o Wolfsburg, e vamos ver. Sou muito grato ao futebol brasileiro, e o dia que tiver que voltar, vou feliz e com dedicação. Nesse momento, estou muito concentrado, comprometido e feliz no Atlético de Madri. O carinho é grande, a aposta, e isso para o jogador é espetacular. Espero retribuir tudo isso.
 
   Por falar em Santos, você acredita que o sucesso da sua geração, ao lado do Robinho, foi responsável por abrir as portas para que o clube colhesse frutos como tem sido agora com Neymar e Ganso?
    Acredito que sim. Não foi responsabilidade minha ou do Robinho, mas a história nos deu essa oportunidade. Realmente, foi um marco no futebol brasileiro. Até o Felipe Luís (lateral do Atlético de Madri) me disse: “Na hora que vocês apareceram, foi quando me deram oportunidade no Figueirense.Tentaram fazer um projeto parecido apostando em garotos”. Tive essa felicidade, sorte minha. Naquele momento, o Santos tinha um problema financeiro muito grande, não conseguia contratar e pagar jogadores com salário muito alto, como Edmundo e Rincón, e resolveu apostar nos garotos de qualidade. Foi uma necessidade. No fim, o resultado foi maravilhoso. Depois daquilo, a cultura das equipes brasileira mudou. O Santos passou a ser visto como um clube que aposta em jovens. Foi espetacular para os jogadores e para o clube.

montagem Robinho Diego transferências (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)
Robinho e Diego mudaram de clube na mesma
época (Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)
 
   Sua imagem sempre foi muito ligada ao Robinho, como é a relação de vocês hoje em dia?
    Excelente. Nos falamos muito. Temos uma relação especial. Nas últimas férias, estivemos juntos em Santa Catarina e estamos sempre em contato por telefone, via Twitter... É um cara que está sempre presente. Mesmo que às vezes não nos encontremos, por estarmos em países diferentes, a amizade segue intacta.
 
   Acha que a história que você e o próprio Robinho escreveram na Europa, demorando um pouco para darem certo, serviu de exemplo também para que o Neymar optasse por permanecer mais um tempo no Santos?
    Sempre serve de exemplo. Acho que antes de você sair do país, tem que colocar na balança, olhar as experiências que os outros viveram, mas sempre sabendo que a sua será sempre única. Cada um tem que avaliar da melhor maneira possível. Eu, se tivesse que sair do Santos naquele mesmo momento, hoje sairia novamente. Tomaria a mesma decisão. Acho que o Neymar teve a atitude certa. As provas são o resultado e alegria dele. Quando achar que é o momento certo, tem que arriscar. Uma hora vai ser inevitável, todos sabem disso. Tomara que ele tenha a frieza e inteligência para escolher a hora certa.
Acredito que não participei da última Copa por opção do treinador (Dunga). Até hoje não entendo"
Diego

    Você disse que só falta disputar uma Copa do Mundo para sua carreira ficar completa, mas por que você acha que ainda não se firmou na Seleção?
    Acho que a Seleção não depende só do jogador. Depende da filosofia, do pensamento, das opções do treinador. Acredito que não participei da última Copa por isso: opção do treinador. A primeira, não. Com o Parreira, eu lembro que saí do Santos firme na Seleção, mas depois não vivi bons momentos no Porto, e ele optou por outro jogador que talvez vivesse uma fase melhor. Poderia ter apostado, dado confiança e ter me levado, como muitos fazem, mas tudo bem. Já com o Dunga foi muito decisão pessoal dele. Eu vivia o melhor momento da minha carreira no Werder Bremen. Estávamos na final da Copa da Uefa (atual Liga Europa), campeão da Copa da Alemanha, prestes a ir para Juventus, entre os melhores do mundo, e deixei de ser convocado durante esse momento.

    Ficou sem explicação para você?
    Completamente. Até hoje, não entendo. Procuro respeitar, nunca criei polêmica, mas a realidade é essa. Se voltar no tempo, foi exatamente isso que aconteceu. E foi a partir daí que cheguei a essa conclusão: é preciso que o treinador goste de suas características e as veja como necessárias para o esquema. Do contrário, você vai jogar bem e não ter a oportunidade.

 elano e diego, seleção brasileira (Foto: Divulgação)
Diego e Elano nos tempos de seleção (Divulgação)
 
   Alguns nomes, como você, Pato e Hernanes, que eram vistos como grandes apostas nas Olimpíadas deixaram de ter oportunidade depois. Você acha que foram pegos com culpados?
    Não sei. Nunca tive essa explicação nem por parte dele, nem do Jorginho. E eles não têm essa obrigação de explicar. Enfim, fica a incógnita. Apesar de que ninguém se esforçou mais do que eu para disputar as Olimpíadas. Lembro que deixei de renovar com o Werder, fui ameaçado pelo clube por perder quatro jogos, briguei na justiça contra um clube que eu amo... Tudo para estar nas Olimpíadas. E tive números pessoais bons nos Jogos. Foi um torneio positivo no geral. Mas, claro, quando o título não vem, a crítica aparece e é normal. Não reclamo. Mas não acredito que isso tenha sido motivo.

   Até 2014, você tem dois anos e meio para convencer o Mano Menezes de que merece a chance. Você se vê dentro do estilo de trabalho dele?
    Vejo. Acredito que sim. O Mano tem feito um excelente trabalho até agora, dado oportunidade a muitos jogadores. Tem tido coragem de testar. E isso, para quem está fora, é muito importante. Saber que eles acompanham quem está na Europa. Enfim, acredito que me encaixaria nesse sistema, mas preciso pensar passo a passo. As coisas estão acontecendo bem no Atlético e, se continuar dessa forma, posso ter uma oportunidade. Primeiro, o pensamento é em alcançar os objetivos como equipe.
 
   Para fechar, como é atuar em uma Liga onde duas equipes estão tão na frente dos adversários e praticamente se sabe que o campeão vai ser ou Real Madrid ou Barcelona?
    Acho que tem dois lados. Primeiro, é um prazer estar em uma Liga com o Real e, principalmente, o Barcelona. É um clube que realmente está à frente do mundo um ou dois passos. Então, acompanhar de perto serve como exemplo e motivação. Por outro lado, temos que sonhar com o que está ao nosso alcance e nos motivar por isso. Temos que saber que agora não estamos no nível do Barcelona, mas trabalhar sabendo que é possível alcançar. Não tenho a frustração de não brigar pelo título. Trata-se de uma equipe com uma diferença notável em relação aos demais. Temos que correr atrás.

Messi supera Pelé em ranking feito por famosa revista americana

   Rei do Futebol ocupa apenas a quarta colocação da lista da 'Sports Illustrated', ficando atrás de Maradona e de Cruyff




Messi e Pelé no prêmio Bola de Ouro da FIFA (Foto: AP)
Messi e Pelé na festa de gala da Fifa (Foto: AP)

   A revista esportiva americana "Sports Illustrated" divulgou um ranking com os 100 melhores jogadores de futebol de todos os tempos, e Pelé não está no topo da lista. Na primeira posição aparece o argentino Messi, do Barcelona, seguido de Maradona e de Cruyff. O Rei do Futebol é apenas o quarto colocado.
    Zico é o segundo brasileiro mais bem colocado no ranking, ocupando a 18ª posição. Logo atrás do ex-jogador do Flamengo está Ronaldo, na 19ª colocação.
 
Como foi feita a eleição
    Foram reunidos 10 repórteres especializados em futebol da revista para fazer um "draft", onde após um sorteio, o primeiro sorteado escolhe o seu jogador preferido, que não poderá mais ser escolhido pelos outros votantes. Assim, o jornalista Raphael Honigstein escolheu Messi com a seguinte justificativa:
- Será que eu preciso explicar? O júri pode questionar se ele é o melhor de todos os tempos, mas já houve um "melhor jogador" quando se fala em atitude, altruísmo e ritmo de trabalho?

    Segundo na lista, Ben Lyttleton escolheu Diego Maradona.
- O icônico meia liderou a Argentina na Copa de 1986 e teve sucesso na Espanha e na Itália, conquistando troféus com o Barcelona e com o Napoli. Controverso e ultrajante, mas também absolutamente brilhante, Diego continua sendo o melhor jogador de todos os tempos, e tem que ser a minha primeira escolha - justificou.

    Jonathan Wilson ficou com Cruyff por considerá-lo o jogador mais inteligente de todos os tempos. Finalmente, Grant Wahl escolheu Pelé e questionou os colegas de trabalho.
- Alguém pode me dizer como o Maior de Todos os Tempos caiu para a 4ª colocação? Ele pode ser um figurante corporativo agora, mas Pelé foi o goleador mais implacável de todos os tempos e uma força da natureza que venceu por onde passou - concluiu.

Polêmicas entre Pelé e Messi
    Pelé certamente discordará da eleição. Em entrevista recente, o ex-jogador do Santos enumerou alguns feitos que o argentino precisa alcançar para ser considerado o melhor do mundo.
- Quando Messi tiver marcado 1283 gols e ganhado três Copas, conversamos - disse Pelé, citando os próprios números em entrevista publicada pelo jornal "Le Monde".

   Messi sempre classificou Maradona como o melhor de todos os tempos, chegando a afirmar que nunca tinha visto nenhum vídeo sobre Pelé e que não se importava com isso. Ao saber sobre as declarações do camisa 10 do Barça, o Rei do Futebol prometeu dar de presente o DVD do filme "Pelé eterno".
- Se ele realmente não viu, faço igual fiz uma vez com o Maradona: vou mandar o vídeo do "Pelé Eterno" e aí ele vai ver - brincou Pelé.

   O jornal argentino "Olé" brincou com a situação após a bela atuação de Messi na vitória do Barcelona sobre o Santos na final do Mundial de Clubes. Em tom de ironia, o diário fez o seguinte questionamento a Pelé: "Te mandamos um vídeo?".
 
Confira o ranking com os 10 melhores e as posições dos jogadores brasileiros:

1 - Lionel Messi (ARG)

2 - Diego Maradona (ARG)

3 - Johann Cruyff (HOL)

4 - Pelé (BRA)

5 - Franz Beckenbauer (ALE)

6 - Lev Yashin (URSS)

7 - Michel Platini (FRA)

8 - Bobby Moore (ING)

9 - Zinedine Zidane (FRA)

10 - Ferenc Puskas (HUN)

18 - Zico (BRA)

19 - Ronaldo (BRA)

22 - Roberto Carlos (BRA)

24 - Ronaldinho (BRA)

28 - Garrincha (BRA)

29 - Carlos Alberto(BRA)

34 - Falcão (BRA)

40 - Romário (BRA)

45 - Nilton Santos (BRA)

57 - Cafu (BRA)

Zagueiro que acusou Terry de racismo recebe nova ameaça de morte

   Pacote contendo um cartucho de espingarda endereçado a Anton Ferdinand foi deixado no CT do Queens Park Rangers




Anton Ferdinand Queens Park Rangers (Foto: Agência Getty Images)
Anton Ferdinand, zagueiro do  Queens Park
Rangers (Foto: Agência Getty Images)

   O zagueiro Anton Ferdinand, do Queens Park Rangers, voltou a receber ameaças de morte. Na última sexta-feira, um pacote contendo um cartucho de espingarda endereçado ao defensor, irmão de Rio Ferdinand do Manchester United, foi deixado no CT da equipe londrina.
    Anton Ferdinand passou a receber ameaças depois que acusou o zagueiro John Terry, capitão do Chelsea, de racismo em um jogo do QPR diante dos Blues em outubro do ano passado. Por conta disso, o defensor até gastou R$ 82 mil em artefatos para sua segurança pessoal.
    A Polícia Metropolitana de Londres avisou que está investigando o caso.
    Por conta de toda essa tensão, o duelo entre Chelsea e Queens Park Rangers, neste sábado, pela quarta fase da Copa da Inglaterra, é encarado como partida de risco e terá policiamento reforçado.

policiamento na partida entre Chelsea e Queen´s Park Rangers (Foto: EFE)
Policiamento na partida entre Chelsea e Queens Park Rangers (Foto: EFE)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Time de técnico 'quase analfabeto' vence clube de Elton John

   Envolvido em questões judiciais durante a semana, treinador aparece para comandar o Tottenham, que supera o Watford e avança na Copa da Inglaterra




Van Der Vaart tottenham x Watford (Foto: AP)
Van Der Vaart foi o autor do único gol (Foto: AP)

    Acusado de evasão fiscal, o técnico Harry Redknapp, que declarou aos tribunais que "mal consegue escrever e que nunca enviou um email ou mensagem de texto em sua vida", virou o centro das atenções no duelo entre a equipe que comanda, o Tottenham, e o Watford, clube que já foi teve o cantor Etlon John como presidente - o artista é dono de ações do clube. Em campo, os Spurs venceram por 1 a 0 e avançaram à quinta fase da Copa da Inglaterra.
    Redknapp não teve contato com os jogadores durante a semana por causa das questões judiciais. Mesmo assim, o treinador escalou o time, garantindo que conversou com seus assistentes nos últimos dias. Segundo os jornais ingleses, o técnico teria uma conta em Mônaco com £ 189 mil (R$ 518 mil). A conta estaria em nome do casal de cachorros que Harry possui.
    Em campo, a vitória magra aconteceu graças a um gol curioso. O meia holandês Van der Vaart avançou para o ataque, olhou para os lados e reclamou ao ver que nenhum companheiro aparecera para receber a bola. "Revoltado", o jogador fechou os olhos e resolveu chutar de fora da área. O chute saiu sem força, mas o goleiro aceitou.

Milan anuncia a contratação do atacante Maxi Lopez

   Clube oficializa acordo com jogador, mas ainda sonha com Tevez




Maxi Lopez jogador (Foto: Agência Getty Images)
Maxi Lopez em ação pelo Catania no Campeonato
Italiano (Foto: Agência Getty Images)

    O Milan anunciou oficialmente nesta sexta-feira a contratação do atacante argentino Maxi Lopez, do Catania. O ex-jogador do Grêmio chega por empréstimo até o final desta temporada. Maiores detalhes do acordo do argentino com o clube rossonero ainda não foram revelados.
    Na falta de Cassano, que se recupera de uma cirurgia no coração, Lopez estava na pauta do Milan há algum tempo e era considerado a segunda opção, caso a contratação de Carlitos Tevez, do Manchester City, não se confirmasse.
    Maxi Lopez, de 27 anos, começou a carreira no River Plate, teve uma passagem apagada pelo Barcelona, foi emprestado ao Mallorca e jogou também pelo Moscou, clube que acabou falindo. Estava no Catania desde 2010, depois de um curto período no Grêmio.
    Apesar de ter fechado com Maxi Lopez, o Milan ainda sonha com Tevez. O vice-presidente da equipe, Adriano Galliani, conversou novamente nesta sexta com representantes do City para definir a contratação do atleta. A proposta de empréstimo, no entanto, teria sido rejeitada.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Seedorf entorta ex-são-paulino, e Robinho ‘cria’ nova dança após golaço



    O jogo entre Milan e Lazio pelas quartas de final da Copa da Itália teve dois golaços. O primeiro foi anotado pelo veterano holandês Seedorf que recebeu na entrada da área, deu um corte lindo no ex-são-paulino André Dias (mas, nesse lance, ele lembra os tempos que era conhecido como “André Paraná” no Flamengo) e chutou forte. Veja abaixo:



   Robinho também deixou o dele com um belo chute de bate-pronto. E, na comemoração, fez uma daquelas coreografias que, ainda bem, não faço ideia de que música faça parte… Quem sabe, diz aí!




Dani Alves festeja golaço e alfineta o Real: 'Reclamar é coisa de perdedor'

   Brasileiro marcou o segundo gol do Barcelona no empate com o rival por 2 a 2 no Camp Nou e ironizou novas queixas do time de Madri à arbitragem




Daniel Alves comemora gol do Barcelona sobre o Real Madrid (Foto: AP)
Daniel Alves comemora seu golaço sobre o Real
Madrid (Foto: AP)

    O clássico entre Barcelona e Real Madrid, da última quarta-feira, é uma daquelas partidas que vai ficar eternizada na mente de Daniel Alves. Sempre se destacando na equipe culé com passes e cruzamentos, mas normalmente como coadjuvante, desta vez o brasileiro foi protagonista: marcou um golaço - o segundo do Barça na partida - e saiu de campo radiante com a atuação.
    Sem falsa modéstia, ele reconhece que acertou um belo chute no ângulo de Casillas e festeja o fato de ter ajudado a equipe em um momento que o Real Madrid parecia superior no jogo - o que para ele não acabou sendo nenhuma surpesa.
- Foi um grande chute. Quando vi a bola, nem pensei duas vezes. Por sorte, consegui acertar no ângulo. Fiquei feliz por ajudar. Os rivais jogaram bem, mas nós fizemos uma partida boa também. Eles tinham pouco a perder e sabíamos que viriam com tudo. Foi um jogo para homens - disse o brasileiro, que também admitiu que a marcação pressão atrapalha o Barça.

   Como de costume, no entanto, Daniel Alves não perdeu a oportunidade de alfinetar o Real Madrid. Segundo ele, as reclamações da arbitragem e declarações de que o time merengue sai fortalecido mostram bem o espírito dos Blancos nos jogos contra o Barcelona.
- Ninguém sai mais forte de uma eliminação. Cada um busca se agarrar no que tem, é o jeito. E reclamar de arbitragem, para mim, é coisa de perdedor - completou.
 
Desfalques importantes para o Barcelona
    Mas nem tudo é festa em Barcelona. O clube da Catalunha sofre com importantes desfalques nas próximas rodadas. No final de semana, contra o Villarreal, por exemplo, o time não vai poder contar nem com o meio-campista Andrés Iniesta nem com o atacante Alexis Sánchez. Ambos saíram de campo lesionados do clássico e pode ficar até duas semanas longe dos campos.
    Com as contusões, o técnico Pep Guardiola só terá 14 jogadores do elenco principal à disposição para a partida do próximo domingo. Sendo assim, muitos garotos das categorisa de base devem ser promovidos, pelo menos, para as próximas duas partidas do time no Campeonato Espanhol.

Bayern tenta reabilitação e luta contra três pela liderança na Alemanha

   Confira a classificação e os jogos da 19ª rodada da Bundesliga

Por Agências de notícias Munique, Alemanha
 
Robben gol Bayern de Munique (Foto: AP)
Robben é um dos trunfos do Bayern pata voltar
a vencer (Foto: AP)

   Derrotado pelo Borussia Mönchengladbach na última rodada do Campeonato Alemão, a primeira após a pausa de um mês por conta do rigoroso inverno no país, o Bayern de Munique precisa se reabilitar no jogo deste sábado contra o Wolfsburg, na Allianz Arena, se quiser se manter na liderança do torneio.
   A disputa pela ponta será bastante acirrada na 19ª rodada. Bayern, Borussia Dortmund e Schalke 04 têm 37 pontos cada, e as posições são definidas apenas no saldo de gols. Além disso, o M´Gladbach, que aparece em quarto lugar, tem apenas um ponto a menos.

   O revés na última semana ligou na equipe do técnico Jupp Heynckes o sinal de alerta, e os torcedores começaram a temer que o troféu do campeonato fique pela segunda temporada consecutiva fora de Munique, o que não acontece há 16 anos.
   A boa notícia para Heynckes é a volta do meia francês Frank Ribery, que cumpriu suspensão na última sexta-feira. Bem fisicamente, após ter tido vários problemas em 2011, o holandês Arjen Robben também estará em campo.
   O Dortmund, por sua vez, viveu uma semana de euforia após a goleada por 5 a 1 sobre o Hamburgo, fora de casa. No entanto, o foco já está voltado para o confronto do sábado contra o Hoffenheim.

M´Gladbach terá retorno de brasileiro
    Terceiro colocado, o Schalke visitará o Colônia, também no sábado, e não poderá contar com vários atletas importantes, como o capitão do time, o zagueiro Benedikt Höwedes, que sofreu uma lesão facial. Outro que pode ficar fora da partida é Raúl, que sofreu uma sobrecarga nas duas panturrilhas.
    Surpresa da temporada, o Borussia Mönchengladbach encerrará a rodada no domingo, encarando o Stuttgart, fora de casa. A boa notícia para a equipe que está em quarto lugar é o retorno do zagueiro brasileiro Dante, que não enfrentou o Bayern por estar suspenso.
    Abrindo a rodada, nesta sexta-feira, o Hannover, sétimo colocado, recebe o Nuremberg (12º).

Abramovich veta loucuras por Hulk, e Cavani surge como opção no Chelsea

   Porto não abre mão de R$ 228 milhões pelo atacante português, mas dono dos Blues se recusa a pagar e já volta atenções para o uruguaio do Napoli




Hulk, Porto x Marítimo (Foto: EFE)
Hulk não deve sair do Porto em janeiro (Foto: EFE)

   A busca do Chelsea por um centroavante continua. Com Drogba próximo de deixar o clube e Fernando Torres ainda rendendo bem menos do que se espera dele, o bilionário russo Román Abramovich trabalha nos bastidores para contratar um novo camisa 9 para o elenco. No entanto, o preferido do treinador André Villas-Boas, o brasileiro Hulk, está praticamente descartado. O motivo é a alta pedida do Porto para liberar o jogador: 100 milhões de euros (R$ 228 milhões).
   Segundo noticia o jornal inglês "Daily Mail", o técnico do Chelsea não desiste de levar o seu ex-comandado dos Dragões para a Inglaterra, mas os dirigentes do clube português estão fazendo jogo duro e garantem que não vendem o jogador por um valor inferior ao da multa rescisória de seu contrato. Por isso, Abramovich se recusa a apresentar uma proposta pelo passe do jogador.
   Depois dessa negativa, então, André Villas Boas já está no mercado à procura de alternativas. Edinson Cavani, uruguaio do Napoli, é o próximo alvo. O clube inglês deve fazer uma proposta ainda neste mês pelo jogador. Tirá-lo da Itália, no entanto, também não deve ser missão fácil. É verdade que o valor não será tão alto quanto 100 milhões de euros (R$ 228 milhões), mas, no mínimo, 40 milhões (R$ 96 milhões) o Chelsea terá que desembolsar pelo centroavante.

Mourinho: 'Ouvi no vestiário que era impossível ganhar no Camp Nou'

   Técnico diz que os próprios jogadores do Real Madrid não acreditavam que poderiam fazer uma partida de igual para igual com o Barça na Catalunha




benzema barcelona x real madrid (Foto: AFP)
Benzema fez o segundo gol do Real (Foto: AFP)

   Ainda não foi dessa vez. Mas por muito, muito pouco. O Real Madrid sufocou o Barcelona em pleno Camp Nou, jogou melhor, e arrancou um empate, por 2 a 2, na última quarta-feira dentro da casa do adversário. Faltou somente um gol para eliminar o rival nas quartas de final da Copa do Rei. Mas o técnico do time da capital espanhola, José Mourinho, afirmou que antes do jogo o clima não era de otimismo. Pelo contrário. Segundo ele, houve até jogadores que disseram ser "impossível" ganhar do arqui-rival na Catalunha.
    Talvez motivados pelo recente retrospecto, de apenas uma vitória nos últimos nove jogos, ou então pelo tabu de quatro anos sem ganhar no Camp Nou... Os motivos Mourinho não sabe, mas revela claramente que o time entrou em campo pressionado psicologicamente - e após a partida, é claro, percebeu que o Barcelona não é imbatível.
- Ouvi no vestiário que era impossível ganhar aqui. Perguntem a eles. Mas já joguei aqui com Inter, Chelsea e agora com o Real Madrid, pela Champions League. É uma situação familiar para mim. Sabíamos que seria difícil, mas eu vim com esperanças de conseguir a classificação e por pouco não alcançamos nosso objetivo - afirmou o treinador.

   Depois do apito final, era claro o abatimento dos jogadores do Real. Mas não por terem sido, outra vez, eliminados impiedosamente. Não. A tristeza era por ter jogado melhor e não ter conseguido a vitória. O lateral Arbeloa ressaltou que o time perdeu a ansiedade e merecia ter melhor sorte.
- Conseguimos nos livrar do lado psicológico, do medo de perder para o Barcelona. É difícil sair com força após uma eliminação, mas acho que este jogo mostrou que podemos ganhar deles. Estou esperando já o próximo confronto - afirmou o defensor, que teve o discurso apoiado pelo zagueiro Pepe.
- Mostramos o espírito "madridista", o espírito de um grande grupo. Hoje fomos muito superiores ao Barcelona e estamos orgulhosos por termos feito o que fizemos. Os torcedores também podem se orgulhar desse time - completou.

   O próximo confronto já marcado entre Real Madrid e Barcelona ainda vai demorar bastante para acontecer: somente no dia 22 de abril, novamente no Camp Nou, pela 35ª rodada do Espanhol. Caso mantenha os cinco pontos de frente na liderança até lá, o jogo pode até valer o título antecipado da liga espanhola para o Real.