quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Grupo G

Messi entra no segundo tempo, deixa o campo lesionado, e Barça empata

   Atacante adia planos de quebrar recorde histórico de Gerd Müller, e será submetido a exames: Dirigente tenta tranquilizar: 'Lesão não é tão grave'


  O técnico do Barcelona, Tito Vilanova, não queria escalar Messi para o duelo desta quarta-feira contra o Benfica, pela última rodada do Grupo G da Liga dos Campeões. Perto de quebrar dois recordes, o camisa 10 pediu para jogar e foi atendido. Mas seria melhor se a decisão do treinador tivesse prevalecido.  O argentino, que começou no banco, entrou no segundo tempo, mas lesionou o joelho e teve de deixar o campo, forçando o time catalão a jogar com um a menos durante cerca de dez minutos. O jogo terminou empatado em 0 a 0. Os catalães já estavam classificados para as oitavas de final, na primeira colocação da chave, e os portugueses acabaram eliminados da competição. O Celtic, que venceu o Spartak de Moscou por 2 a 1, ficou com a segunda vaga.


   Messi está a dois gols de superar a marca do ex-jogador alemão Gerd Müller, que marcou 85 em 1972. Segundo a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), o craque também está a um gol de se tornar o maior goleador em jogos internacionais numa só temporada, superando o inglês Vivian Woordward, autor de 25 em 1909.
   Diretor de futebol do Barcelona, Zubizarreta tentou tranquilizar os torcedores logo após a partida.
- A lesão não é tão grave, e Messi será submetido a uma ressonância.

   No próximo dia 20 de dezembro, a Uefa irá sortear os confrontos das oitavas de final. O primeiro de cada grupo só poderá enfrentar os segundos colocados - desde que ele não seja do mesmo país. Haverá uma nova cerimônia antes das quartas de final para definir os próximos duelos.

Messi, Barcelona e Benfica (Foto: Agência AFP)
Messi saiu de campo lesionado, deixando o Camp Nou em silêncio (Foto: Agência AFP)

Garotos do Barça encontram dificuldades
   Em campo com um time formado basicamente por garotos, o Barcelona sentiu a falta de entrosamento. Enquanto o time principal poderia jogar junto com os olhos vendados que conseguiria tocar a bola com maestria, a garotada ainda não é capaz de ter a mesma sensibilidade de posicionamento e visão. Assim, os espanhóis foram presas fáceis para a linha de impedimento formada pela defesa portuguesa.
   Houve incasáveis passes por trás da defesa, mas a maioria terminou em impedimento. Só Villa esteve em posição irregular em três oportunidades. Precisando ir para o ataque para conseguir a vaga, o Benfica teve seus momentos e foi mais feliz nos "passes por trás". Aos 11 minutos, o brasileiro naturalizado espanhol Rodrigo Moreno recebeu sozinho, avançou até a área, mas, mesmo com Lima livre pedindo a bola, preferiu o chute. A bola passou perto da trave e saiu pela linha de fundo.
   Lima também teve uma ótima chance, aos 19 minutos, ao receber cruzamento de Nolito. De peixinho, o brasileiro mandou a bola para fora. Outro setor que mostrava-se ineficiente no time catalão era a criação de jogadas. Song, inicialmente escalado como único protetor da defesa e responsável pela distribuição do jogo, deu suas investidas no ataque e teve mais sorte que os companheiros.
   Aos 22, o camaronês tentou o badalado passe por trás da defesa, o zagueiro Luisão interceptou, mas se atrapalhou, deixando Tello em ótimas condições. O jovem atacante, contudo, deixou a bola correr demais e o goleiro Artur se recuperou e evitou o gol. Um minuto após a jogada criada por Song, Tello cruzou, Rafinha tocou de primeira e pegou o goleiro Artur, mal posicionado, de surpresa. Para a sorte do arqueiro do Benfica, Garay estava em cima da linha e, de cabeça, afastou o perigo.

Garay e DAvid villa, Barcelona e Benfica (Foto: Agência AFP)
David Villa teve uma péssima atuação e ficou várias vezes em posição de impedimento (Foto: Agência AFP)

Messi entra, e Benfica recua
   Na segunda etapa, o Benfica teve apenas uma boa chance. Logo no primeiro minuto, Maxi Pereira cruzo, a bola passou por toda a área e sobrou para Nolito, que chutou de primeira e tirou tinta da trave. Pinto já estava vendido e lhe restou rezar para a bola não entrar. As duas equipes voltaram do intervalo mais violentas, especialmente o Benfica. Nos 15 minutos iniciais foram quatro cartões amarelos.
   O técnico Tito Vilanova fez o que o Benfica menos queria: acionou Messi aos 12 minutos. A presença do argentino em campo mudou completamente a portura do time português, que partiu todo para a defesa. Quando o camisa 10 tocava na bola, a impressão, pouco exagerada, era a de que os dez jogadores benfiquistas tentavam interceptar o atacante.
O Benfica tentava chegar ao ataque atráves dos cruzamentos, mas Lima e Rodrigo Moreno jogavam longe da área, tornando as tentativas inúteis. Com Messi, surgiram mais faltas perto da área benfiquista. O argentino teve duas tentativas e, na segunda, fez o goleiro Artur defender em cima da linha.

O drama de Messi
   Aos 39 minutos, na melhor chance do Barça, houve um grande susto. Piqué fez lindo lançamento para Messi, que driblou o goleiro, perdeu o ângulo, conseguiu chutar, mas Artur já tinha se recuperado a tempo e conseguiu defender, novamente em cima da linha. Na hora do drible, o craque sentiu o joelho e teve que ser retirado de campo na maca, levando aos mãos ao rosto lamentando a dor. Ao términoda partida, o meia Thiago Alcântara parecia não acreditar no que viu.
- Não sabemos o que houve. Espero que nãoseja nada - disse ainda na saída do campo.

Puyol e Nolito, Barcelona e Benfica (Foto: Agência AFP)
Puyol deu segurança a um time repleto de jovens valores  (Foto: Agência AFP)

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