City recebe o QPR para acabar com longo jejum e sair da sombra do rival
Time de Agüero, Tevez & Cia. precisa vencer e torcer para que o United não tire uma diferença de oito gols. Título não é conquistado desde 1944
Foram décadas vivendo à sombra do maior rival, como se o Old Trafford
encobrisse toda a cidade de Manchester e suas nuvens cinzentas. Mais
precisamente, 44 anos acumulando insucessos e provocações. Gerações
sofreram. Glórias? Apenas algumas que podem ser contadas nos dedos. Mas
no que depender do torcedor do City, o longo hiato sem um título do
Campeonato Inglês tem data e hora para terminar. Domingo, às 11h (de
Brasília), os Citizens receberão o Queens Park Rangers em seu estádio,
pela 38ª e última rodada. Basta, em teoria, repetir 17 das 18 vezes em
que atuou em casa e soltar o grito de tricampeão.
Na prática, a equipe de Tevez, Agüero e companhia ainda precisa torcer contra uma gigantesca goleada do Manchester United. Não deverá ser uma tarefa difícil, já que o City só perderá o caneco caso os Diabos Vermelhos tirem uma diferença de oito gols de saldo (63 a 55) contra o Sunderland, no Stadium of Light, no mesmo horário - ambos estão empatados com 86 pontos.
A vantagem dos 6 a 1
Tamanha vantagem pode ser atribuida em um decisivo confronto na temporada. Ainda em outubro, o Manchester United sofreu aquela que seria a sua maior derrota nos últimos tempos: inapeláveis 6 a 1 do City, com direito a dois de Mario Balotelli e a irônica camisa com a mensagem "Why always me" (Por que sempre eu?). Tudo isso em pleno Old Trafford. Recentemente, um gol do zagueiro Kompany garantiu o segundo triunfo dos Citizens no dérbi da cidade, que fez o time reassumir a liderança.
Apesar de já ter faturado a Copa da Inglaterra no último ano e das importantes conquistas nos anos 60, o Manchester City se prepara para entrar no auge de sua história. Com um elenco recheado de estrelas estrangeiras capazes de desequilibrar, a equipe terá nova chance na Liga dos Campeões em 2012/13. O troféu pode ratificar o início de uma nova era, já instaurada desde a chegada do sheik Mansour bin Zayed bin Sultan Al Nahyan e seus bilhões de libras, em 2008.
- Seria o maior período do clube, incluindo aí um possível título da Champions nos próximos anos. Passaria a ser o objetivo máximo, como é com o Chelsea. Mas o período dos anos 60 ainda é visto como o mais marcante, já que de lá saíram nomes considerados lendas do Manchester City - disse o jornalista Ashley Gray, do Daily Mail.
1968: o último título
A ressalva remete à uma época mais romântica, quando era comum um atleta permanecer por quase uma década em um único clube. É o caso de Mike Summerbee (1965-75), Francis Lee (1967-74), Colin Bell (1966-79) e outros destaques.
- O futebol inglês passou por uma grande transformação quando a Premier League foi criada (1992), com muito dinheiro e talento de jogadores estrangeiros envolvidos. Mas temos uma grande história no futebol e o título de 1968 é, sim, muito importante na história do City. Eles ainda deixaram o United em segundo, como pode justamente acontecer agora. A diferença é que naquele tempo havia uma disparidade menor entre os times. Era mais difícil conquistar um título - avaliou Ashley Gray.
Na época, o Manchester United encerrou o Campeonato Inglês com 56 pontos, contra 58 do Manchester City - a vitória ainda valia dois pontos. Mas a qualidade do rival ficou provada quando os Diabos Vermelhos conquistaram a Liga dos Campeões, goleando o Benfica por 4 a 1, em Wembley. E o equilíbrio mantido com a diferença de 11 pontos entre o primeiro e o sétimo colocado (Tottenham) - atualmente, 33 pontos separam o Everton do City.
- Algumas das lendas do Manchester City estarão no estádio no domingo. David Silva, Agüero, Tevez, Yaya Touré e Kompany são certamente jogadores incríveis, mas talvez não se tornem tão importantes para o clube como Bell, Summerbee e Lee. Eles moravam na cidade, andavam nas ruas, e eram acima de tudo muito identificados com o clube. Havia uma conexão que não se vê nos dias atuais, talvez por conta dos milhões investidos - encerrou Ashley.
Vincent Kompany comemora o gol do Manchester City na recente vitória sobre o United (Foto: Getty Images)
Na prática, a equipe de Tevez, Agüero e companhia ainda precisa torcer contra uma gigantesca goleada do Manchester United. Não deverá ser uma tarefa difícil, já que o City só perderá o caneco caso os Diabos Vermelhos tirem uma diferença de oito gols de saldo (63 a 55) contra o Sunderland, no Stadium of Light, no mesmo horário - ambos estão empatados com 86 pontos.
A vantagem dos 6 a 1
Tamanha vantagem pode ser atribuida em um decisivo confronto na temporada. Ainda em outubro, o Manchester United sofreu aquela que seria a sua maior derrota nos últimos tempos: inapeláveis 6 a 1 do City, com direito a dois de Mario Balotelli e a irônica camisa com a mensagem "Why always me" (Por que sempre eu?). Tudo isso em pleno Old Trafford. Recentemente, um gol do zagueiro Kompany garantiu o segundo triunfo dos Citizens no dérbi da cidade, que fez o time reassumir a liderança.
Apesar de já ter faturado a Copa da Inglaterra no último ano e das importantes conquistas nos anos 60, o Manchester City se prepara para entrar no auge de sua história. Com um elenco recheado de estrelas estrangeiras capazes de desequilibrar, a equipe terá nova chance na Liga dos Campeões em 2012/13. O troféu pode ratificar o início de uma nova era, já instaurada desde a chegada do sheik Mansour bin Zayed bin Sultan Al Nahyan e seus bilhões de libras, em 2008.
- Seria o maior período do clube, incluindo aí um possível título da Champions nos próximos anos. Passaria a ser o objetivo máximo, como é com o Chelsea. Mas o período dos anos 60 ainda é visto como o mais marcante, já que de lá saíram nomes considerados lendas do Manchester City - disse o jornalista Ashley Gray, do Daily Mail.
Balotelli levanta a camisa que marcou época: City venceu o United por 6 a 1 no Old Trafford (Foto: AFP)
1968: o último título
A ressalva remete à uma época mais romântica, quando era comum um atleta permanecer por quase uma década em um único clube. É o caso de Mike Summerbee (1965-75), Francis Lee (1967-74), Colin Bell (1966-79) e outros destaques.
- O futebol inglês passou por uma grande transformação quando a Premier League foi criada (1992), com muito dinheiro e talento de jogadores estrangeiros envolvidos. Mas temos uma grande história no futebol e o título de 1968 é, sim, muito importante na história do City. Eles ainda deixaram o United em segundo, como pode justamente acontecer agora. A diferença é que naquele tempo havia uma disparidade menor entre os times. Era mais difícil conquistar um título - avaliou Ashley Gray.
'Irmãos Gallagher', ex-integrantes da banda Oasis,
'marcam presença' no City of Manchester (Getty)
'marcam presença' no City of Manchester (Getty)
Na época, o Manchester United encerrou o Campeonato Inglês com 56 pontos, contra 58 do Manchester City - a vitória ainda valia dois pontos. Mas a qualidade do rival ficou provada quando os Diabos Vermelhos conquistaram a Liga dos Campeões, goleando o Benfica por 4 a 1, em Wembley. E o equilíbrio mantido com a diferença de 11 pontos entre o primeiro e o sétimo colocado (Tottenham) - atualmente, 33 pontos separam o Everton do City.
- Algumas das lendas do Manchester City estarão no estádio no domingo. David Silva, Agüero, Tevez, Yaya Touré e Kompany são certamente jogadores incríveis, mas talvez não se tornem tão importantes para o clube como Bell, Summerbee e Lee. Eles moravam na cidade, andavam nas ruas, e eram acima de tudo muito identificados com o clube. Havia uma conexão que não se vê nos dias atuais, talvez por conta dos milhões investidos - encerrou Ashley.
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