Santos se recusa a comprar os 10% de Ganso, e DIS vira majoritária
Diretoria do Peixe diz não à oferta do jogador, que queria R$ 5 milhões pela cota dos seus direitos econômicos. Empresários ficam agora com 55%
Ganso vendeu 10% dos direitos a empresários
(Foto: Agência Estado)
(Foto: Agência Estado)
A diretoria do Santos anunciou nesta segunda-feira que não vai exercer a preferência de compra dos 10% dos direitos econômicos de Paulo Henrique Ganso. Essa quantia era de propriedade do próprio meia e foi oferecida ao Peixe há dois meses. Assim, a DIS, grupo que gerencia a carreira do jogador, fica com 55%.
A empresa se torna, então, majoritária nos direitos do camisa 10 do Peixe, que segue com os 45% que tinha inicialmente. A negativa do Santos em relação aos 10% de Ganso foi confirmada oficialmente pela assessoria de imprensa do clube. O meia tem contrato com a equipe da Baixada Santista até 2015.
No ano passado, a relação entre Ganso e Santos começou a ficar estremecida por conta das discussões para uma renovação de contrato com aumento salarial. O meia queria se igualar a Neymar, mas a direção alvinegra não topou. Fez uma contraproposta, recusada pelo camisa 10 e seus agentes.
O fato é que, além disso, a temporada de 2011 não foi das melhores para Ganso. O jogador sofreu seguidas lesões, fracassou na Copa América e não conseguiu mostrar o mesmo futebol que o consagrou em 2010. Mesmo assim, o meia comemorou os títulos do Campeonato Paulista e da Libertadores da América.
Embora tenha se recusado a pagar R$ 5 milhões pelos 10% de Ganso, o Santos espera poder se acertar com o jogador para que ele siga motivado no elenco. Em carta ao meia, o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro explicou a decisão do clube de negar a preferência.
Assinado pelo mandatário do Peixe, o documento explica que não faz sentido o Santos comprar 10% agora já que pretende ter o jogador até o fim do seu contrato, em 2015. Assim, teoricamente, não receberia nada a mais em uma futura negociação - os jogadores podem assinar um pré-contrato com outro clube, sem ônus, seis meses antes do término do vínculo.
Além disso, Luis Alvaro ressalta na carta que o clube acha desproporcional o aumento do valor dos direitos econômicos de Ganso, já que em 2009 o grupo DIS comprou 25% do meia por 178 mil euros. O jogador pediu R$ 5 milhões pelos 10% que ficaram com seus empresários.
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