Verón atende companheiros e adia aposentadoria em seis meses

   Jogadores do Estudiantes tinham pedido que ele repensasse a decisão de pendurar as chuteiras no próximo fim de semana

Por GLOBOESPORTE.COM Buenos Aires

   Verón desistiu de se aposentar agora e vestirá a camisa do Estudiantes por mais seis meses. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira pelo próprio jogador, e atende a um pedido feito por alguns companheiros da equipe de La Plata na última quarta.
- Continuarei por, no mínimo, seis meses. Consegui resolver algumas situações que tinha assumido e pensei em todas as coisas boas que o futebol me traz, o que me fez tomar a decisão de jogar mais uma competição - afirmou o meia, que disputará o Clausura.

Ídolo do Estudiantes, meio-campo Verón decidiu adiar aposentadoria por mais seis meses (AFP)

 

    O meio-campo, que vestiu a camisa de clubes como Manchester United, Sampdoria e Inter de Milão, entre outros, comentou sua decisão pouco antes de um treino para a partida de domingo contra o Unión de Santa Fé, que seria a última de sua carreira.
 - A lesão no tornozelo continua, mas não queria me despedir com uma imagem ruim. Espero poder me aposentar pelo Estudiantes da melhor forma, como fiz quando voltei ao clube - acrescentou.

    Durante a semana, foram diversas manifestações para que o jogador atuasse por mais tempo. Em entrevista coletiva, o zagueiro Leandro Desábato, o meia Rodrigo Braña e o atacante Gastón Fernández pediram que o meia, de 36 anos, ficasse por mais tempo no clube.

    Um dia antes, o presidente do Estudiantes, Enrique Lombardi, afirmou que a permanência de Verón era "imprescindível".
    Em outubro, o jogador anunciou que deixaria o futebol no final daquele mês por não ter se recuperado completamente de uma operação no tornozelo direito, mas dias depois disse que só o faria em dezembro, a pedido da torcida.
    Verón foi cotado para assumir o cargo de diretor de seleções da federação argentina de futebol. O meio-campo, que ganhou três títulos desde que retornou ao Estudiantes, em 2006 - incluindo a Libertadores de 2009, diante do Cruzeiro -, tem uma boa relação com Messi, com quem dividiu quarto na Copa do Mundo da África do Sul, e isso seria um trunfo para que ele inicie a carreira de dirigente.