Em
todas as partes do mundo, a mística e a tradição da Seleção Brasileira
geram uma mistura de respeito, admiração e temor. Quando enfrentam o Brasil,
os adversários têm consciência de que precisam jogar tudo o que sabem
para não serem arrasados pelo futebol alegre e ofensivo da nação
pentacampeã mundial.
Porém, nos últimos
anos há um país em especial que tem sabido enfrentar o selecionado
canarinho de igual para igual, a ponto de ter o melhor retrospecto entre
todas as seleções que já jogaram com os brasileiros pelo menos quatro
vezes. Em tempos recentes, cada vez que México e Brasil
se enfrentam, o resultado costuma favorecer o selecionado asteca. Às
vésperas do imprevisível encontro marcado para Torreón na noite desta
terça-feira, o FIFA.com conversou com dois jogadores mexicanos sobre este domínio bastante incomum.
Números positivos
Desde o triunfo na final da Copa das Confederações da FIFA México 1999, a estatística está a favor dos mexicanos. Nos doze encontros disputados desde então, o Brasil perdeu seis, ganhou quatro e empatou dois.
Desde o triunfo na final da Copa das Confederações da FIFA México 1999, a estatística está a favor dos mexicanos. Nos doze encontros disputados desde então, o Brasil perdeu seis, ganhou quatro e empatou dois.
Vale
lembrar também que os êxitos mexicanos não ocorreram em partidas sem
importância. Depois da final de 1999, vieram outra vitória contra os
brasileiros na edição de 2005, dois triunfos pela Copa Ouro e outros
dois na Copa América — todos torneios de grande expressão.
Rafael Márquez é o único jogador do elenco atual que viveu todos esses momentos de alegria contra o Brasil. Para ele, a receita do sucesso é acreditar que é possível vencer. "É tudo uma questão de se acostumar a vencer, seja o Brasil
ou qualquer outra seleção de primeiro nível mundial", opina. "Já
mostramos que é possível vencer um rival assim, e isso serve de exemplo
para que possamos repetir a façanha."
Em
contrapartida, o grande astro mexicano da atualidade, Javier Hernández,
enfrentará pela primeira vez os brasileiros em uma partida oficial e não
vê a hora de entrar em campo. "O Brasil é um adversário extraordinário", exclama. "O povo de Guadalajara tem sempre um carinho especial pelo Brasil. Cresci admirando o futebol do Ronaldo."
Apesar
disso, "Chicharito" não deixa que os sentimentos ofusquem o espírito
competitivo. "É uma motivação, no entanto os êxitos anteriores não
garantem que desta vez será igual. Temos de manter o foco para podermos
seguir vencendo."
Conquistas desde a adolescência
O México chega ao duelo com a importante marca de não ter perdido uma partida sequer sob o comando de José Manuel de la Torre, uma invencibilidade que será posta à prova contra o Brasil. A confiança é total entre os mexicanos, conforme revelou Giovani dos Santos ao FIFA.com. "Estamos vivendo um grande momento, e esta partida veio em boa hora", destaca.
Conquistas desde a adolescência
O México chega ao duelo com a importante marca de não ter perdido uma partida sequer sob o comando de José Manuel de la Torre, uma invencibilidade que será posta à prova contra o Brasil. A confiança é total entre os mexicanos, conforme revelou Giovani dos Santos ao FIFA.com. "Estamos vivendo um grande momento, e esta partida veio em boa hora", destaca.
Se
alguém tem motivos especiais para enfrentar a seleção canarinho, esse
alguém é Giovani. Filho de pai brasileiro, ele foi peça fundamental para
a conquista mais celebrada dos astecas contra o Brasil:
o título da Copa do Mundo Sub-17 da FIFA Peru 2005. Naquele torneio, a
"geração dourada" mexicana venceu a decisão por 3 a 0 e deu ao país
asteca o seu primeiro titulo mundial em qualquer categoria.
O
atacante do Tottenham não esconde a ambição de manter a sequência
positiva. "Obviamente, todos estão muito motivados", afirma com
convicção. "Eles estão cheios de astros e virão quase completos a
Torreón. Entretanto, sabemos como ganhar do Brasil, e estou convencido de que poderemos repetir a dose." A missão para Mano Menezes e seus comandados se anuncia dura.