Venezuela apronta novamente
e para o Uruguai no Centenário
Celeste sai na frente com Forlán, mas sofre empate no fim. Uruguaios perdem a liderança para a Argentina e caem para terceira colocação
Apesar de ruim, o empate aumentou ainda mais a invencibilidade dos uruguaios, que não perdem há 16 jogos. Diego Forlán, alvo de especulação de clubes brasileiros, fez o gol dos anfitriões. Rondón, aos 38 minutos do segundo tempo, deixou tudo igual.
Com o resultado, o Uruguai chegou a oito pontos, dois a menos do que a Argentina, que um jogo a mais. Com a mesma pontuação, a Venezuela caiu para a terceira colocação, sendo ultrapassada pelo Chile, que chegou a nove.
Gol de Forlán deu a impressão de que o Uruguai teria uma vitória fácil (Foto: Reuters)
Estádio cheio. Jogo morno
Apesar do estádio lotado, a partida começou morna. Como era de se esperar, o Uruguai tomou a iniciativa, mas encontrava dificuldades para levar perigo ao gol de Venezuela. Mesmo com Diego Forlán, Luis Suárez e Cavani – trio ofensivo que encantou na última Copa América – a Celeste pouco criou pelo chão e apostou nas jogadas aéreas em praticamente toda a primeira etapa.
De tanto insistir em cruzamentos, o Uruguai achou seu gol aos 37 minutos. Da esquerda, Álvaro Pereira acertou um passe primoroso para Forlán. O camisa 10 saiu de trás da defesa, apareceu livre na área e teve apenas o trabalho de tirar de canhota do goleiro Vega.
O gol animou os uruguaios, que tiveram outras duas boas chances de ampliar o placar ainda na primeira etapa. Primeiro, Suárez, em posição irregular, cabeceou rente à trave. Em seguida, Forlán tabelou com o atacante do Liverpool e chutou cruzado para a boa defesa de Vega.
Acuada, a Venezuela, que antes só ameaçava em chutes de longa distância, recuou e se deu por contente por ir para o intervalo perdendo por apenas um gol.
Jogo quente, mas de poucas chances
Sem alterações nas duas equipes, o segundo tempo começou como terminou o primeiro: pressão do Uruguai nas jogadas de bola aérea. Logo aos cinco minutos, Forlán levantou na área em cobrança de falta, e Lugano mandou um petardo de cabeça no canto. Vega voou e evitou o gol. Cavani ainda tentou no rebote, mas o goleiro venezuelano operou um novo milagre.
Suárez não esteve em tarde inspirada no Centenário (Foto: Reuters)
Foi a senha para o técnico da Venezuela, César Farias, deicdir ousar. Trocou o meia Frank Feltscher pelo atacante Miku. Enfim, os venezuelanos resolveram atacar. E levaram perigo. Primeiro numa cabeçada de Rondón, e em seguida em jogada individual de Seijas, o time “viñotinto” esteve muito perto do empate. A igualdade já não parecia algo tão impossível para os venezuelanos
E o jogo esquentou. Com disputas duras, ocasionalmente até desleais, as duas seleções não pouparam nas faltas. Em uma delas, os uruguaios cobraram a expulsão de Rincón, que já tinha amarelo. O árbitro paraguaio Antonio Arias, que distribuiu seis cartões apenas na etapa derradeira, advertiu verbalmente o venezuelano.
Quando o jogo se encaminhava para uma vitória uruguaia, a Venezuela surpreendeu e buscou o empate, aos 38 minutos. Após cruzamento da esquerda, Rondón subiu livre para cabecear. A bola ainda desviou em Godín e enganou o goleiro Muslera. Silêncio no Centenário.
No desespero, Oscar Tabarez ainda colocou Loco Abreu em campo. No entanto, não havia mais tempo e, após os argentinos, foi a vez dos uruguaios aprenderam dos venezuelanos que não existe mais bobo no futebol.
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