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domingo, 3 de junho de 2012

No ‘muito prazer’ aos ingleses, Hazard é discreto, mas tem atuação elogiada

   Apesar de não repetir desempenho que o levou a ser craque do Francês, reforço do Chelsea faz o 'bastante para justificar investimento', diz imprensa

Por Cahê Mota Direto de Londres

   A camisa azul ao sair de Wembley pode até ter sido coincidência, mas deixava evidente também o destino de Eden Hazard: o Chelsea. Craque das duas últimas edições do Campeonato Francês, jogando pelo Lille, o jovem belga é a nova aposta de Roman Abramovich, que, especula-se, pagará cerca de R$ 100 milhões para contar com seu futebol nas próximas temporadas. O contrato ainda não está assinado, mas os torcedores do Blues já puderam conferir de perto o desempenho do reforço na vitória por 1 a 0 da Inglaterra sobre a Bélgica, em amistoso, sábado. E o “muito prazer” foi discreto e elogiado.
   Dono da camisa 10, Hazard nitidamente é o cérebro da equipe belga. Quase todas as jogadas da equipe de Mark Wilmots passam por seus pés, que, na primeira vez em Wembley, não criaram muito. Apesar da personalidade para arriscar dribles e até passes, faltou objetividade ao jovem de 21 anos, que, curiosamente, sofreu entradas duras de Ashley Cole e foi marcado de perto por John Terry, ambos futuros companheiros. Ao término da partida, nenhuma declaração e, vestindo azul, o jovem aproveitou o tumulto em entrevista de Steven Gerrard na zona mista para sair de fininho.

Ashley Cole e Eden Hazard  (Foto: Reuters)
Hazard tenta passar pela marcação de Ashley Cole (Foto: Reuters)
 
Muita correria e pouca eficiência
   Atuando atrás da dupla de ataque Mertens e Mirallas, Hazard atuou com total liberdade com a camisa da Bélgica. Sem posicionamento fixo, flutuou de um lado para o outro em busca de espaços e tabelinhas, quase sempre mal sucedidas por erros dos companheiros. No primeiro toque na bola, o cartão de visitas: passe de letra para Dembelé no meio de campo. Com um paredão branco em sua frente, as arrancadas comuns ao seu futebol foram raridade diante do English Team e muitas vezes o camisa 10 decepcionou com passes laterais.
   Sem espaço para penetração, Hazard arriscou ainda um chute de fora da área para fácil defesa de Hart em sua última jogada no primeiro tempo. Já na etapa final, o belga optou por arriscar mais os lances individuais e deu trabalho com dribles curtos. Faltava, no entanto, continuidade nas jogadas, que quase sempre acabavam em desarmes ou pedidos de faltas ignorados pela arbitragem.
   A atuação discreta, por sua vez, foi aprovada pela imprensa inglesa que, se não viu jogadas brilhantes, se impressionou com a personalidade demonstrada pelo jovem. Em artigo destinado exatamente a Hazard, o “The Guardian” estampou em título: "Hazard mostra que comprá-lo por R$ 100 milhões não é um risco”, e prosseguiu: “A caminho de Stamford Bridge, jovem meia faz o bastante contra a Inglaterra para satisfazer investidores”.
   Para o jornalista Ben Lyttleton, a ousadia de Hazard com a bola nos pés foi o que mais chamou a atenção:
- Ele é muito autoconfiante, habilidoso com a bola nos pés, difícil de ser desarmado e busca sempre passes decisivos.

   Já o italiano Federico Farcomeni, da Rádio Mana, de Roma, esperava mais:
- Acho que ele sentiu um pouco o peso da estreia em um palco tão grandioso.
  
   Além de Hazard, o Chelsea está próximo de fechar a contratação de outro reforço para o ataque: o brasileiro Hulk, do Porto.

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