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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Drogba vai construir hospital de R$ 8 mi para ajudar população marfinense

   Cada centavo que o craque ganha em atos publicitários vai para fundação que tem como objetivo angariar fundos para construção de unidade médica



Drogba na visita à Costa do Marfim (Foto: Reprodução The Sun)
Drogba na visita à Costa do Marfim, com camisa de
sua fundação (Foto: Reprodução The Sun)

   Quando Drogba pousou em Abidjan, na Costa do Marfim, na última segunda-feira, junto com a seleção nacional de futebol do país, não poderia esperar a recepção que teve. Dezenas de fãs foram esperar a equipe mesmo após a derrota na final da Copa Africana de Nações. O pênalti desperdiçado por ele na decisão contra Zâmbia não o tornou menos ídolo no país. Agradecido, ele reconhece que a relação com os marfinenses o emociona e avisa: espera fazer mais por sua nação fora de campo do que dentro dele.
   Um dos principais nomes africanos que hoje atuam no futebol europeu, Drogba não esquece das suas raízes. Por isso, criou a Fundação Didier Drogba, que espera arrecadar três milhões de libras para construir um hospital na capital da Costa do Marfim e, posteriormente, clínicas satélite em outras cidades, para tentar diminuir os problemas de saúde da população, que atualmente tem expectativa de vida de somente 54 anos. Um presente de luxo de alguém que pode ajudar e faz isso de coração.
- Estou muito animado. Não posso esperar para ver o projeto sair do papel. Se não tivesse acontecido uma guerra civil aqui no ano passado, ele já estaria aberto. Mas eu garanto que todos os envolvidos vão trabalhar duro para entregar tudo o mais breve possível. Nós precisamos deste hospital para ajudar as pessoas em Adidjan. É muito complicado ter que se locomover até outro país quando você tem alguém doente na família - disse, em entrevista ao "The Sun".

   Cada centavo que o craque do Chelsea ganha em seus atos publicitários vai para a fundação. Além disso, parte do dinheiro também é arrecadada em eventos beneficentes, como um baile que acontecerá no mês que vem em Londres. Mas de onde saiu essa ideia de construir um hospital em seu país? Drogba explica.
- Visitávamos um hospital e encontrei um menino chamado Nobel, que sofria de leucemia. Nós mandamos ele para a Europa e ele lutou por mais de um ano, mas não conseguiu sobreviver. Meu primo também teve a mesma doença e morreu no dia em que consegui um visto para ele ser tratado na França. Tivemos que esperar a situação da guerra melhorar no país, mas agora vai começar o trabalho. Vai ser preciso cerca de 3 milhões de libras, mas o governo vai ajudar. Os primeiros anos são os mais importantes, já que não basta criar, é preciso também cuidar.

Drogba e a seleção da Costa do Marfim são recebidos após a Copa Africana das Nações (Foto: AFP)
Drogba e a seleção da Costa do Marfim são recebidos após a Copa Africana das Nações (Foto: AFP)
 
Atacante não quer ligação com a política
   Ciente de tudo o que representa para a sociedade marfinense, Drogba agradece aos céus por ter tanta influência e poder auxiliar na melhora da qualidade de vida de seus compatriotas.

Clotilde Drogba, mãe de Drogba, serve comida para os torcedores da Costa do Marfim (Foto: AP)
Clotilde Drogba, mãe de Didier, serviu comida pra
torcedores da Costa do Marfim na CAN (Foto: AP)

- Sou abençoado. Minha voz pode ser ouvida um pouco mais do que a de outras pessoas e tenho que fazer algo com este poder que tenho. Poderia até ligar para o presidente se precisasse de alguma coisa. Mas prefiro lutar por mim mesmo. Não teria obrigação nenhuma de fazer isso, mas faço porque sei que meu país precisa de ajuda. O bom é que a Costa do Marfim sabe tirar coisas boas até dos piores momentos. Não quero me envolver com política. Até porque, na minha situação, sou ouvido por todos. Se fizer parte de um partido, não serei.

   Como não poderia deixar de ser, Drogba também falou sobre a derrota na decisão da Copa Africana de Nações. Segundo ele, o resultado foi ruim, mas o importante foi ver todo o país torcendo unido, apoiando a seleção.
- Fiquei muito triste, mas ver as pessoas no aeroporto foi especial. Foi uma situação que não era comum aqui há algum tempo. Eramos 23 jogadores saídos desta nação de 20 milhões, que se uniu para torcer por uma causa. Foi incrível e um grande sinal: é possível reerguer-se após uma tragédia e o esporte ajuda muito nisso - encerrou.

  Que a atitude de Drogba sirva de exemplo para jogadores de diversas nacionalidades e que têm condições de ajudar a tornar seus países melhores lugares para se viver.

Drogba gol costa do marfim (Foto: AFP)
"Abençoado", Drogba sabe de tudo o que representa dentro e fora de campo para seu país (Foto: AFP)

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