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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

'Sou um lutador, podem me cobrar ao máximo', afirma Luiz Gustavo

   Volante do Bayern se considera um desconhecido dos brasileiros mas se espelha nos exemplos de Daniel Alves e David Luiz para conquistar espaço

Por Rafael Maranhão Direto de Munique, Alemanha

   Luiz Gustavo chama a si mesmo de um desconhecido dos brasileiros. Ele foi embora do país muito jovem, sem ter passado por um grande clube e, até agora, atuou por apenas 50 minutos pela Seleção. Convocado para os amistosos contra o Gabão, na quinta-feira, e o Egito, no dia 14, o volante do Bayern de Munique terá nova chance de aparecer para milhões de torcedores pela TV. A quem irá vê-lo atuar pela primeira vez, Luiz Gustavo se apresenta e avisa:
- Eu me considero um lutador. Dou muito valor às coisas que conquistei e até onde cheguei. Por isso, a torcida pode me cobrar ao máximo. Podem cobrar porque um lutador tem sempre que dar o melhor - afirmou o volante, em entrevista em Munique.
Luiz Gustavo comemora gol do Bayern de Munique (Foto: Getty Images)
Luiz Gustavo comemora um gol pelo Bayern de Munique na Alemanha (Foto: Getty Images)

   O paulista de Pindamonhangaba, de 24 anos, diz se espelhar em outros dois jogadores da seleção que, como ele, chegaram ao futebol europeu ainda muito jovens.
- Sei que ainda não sou conhecido no Brasil, mas isso aconteceu também com o Daniel Alves e o David Luiz, que, com o tempo, os torcedores foram conhecendo melhor. Ainda não tive tanto contato com o Daniel, mas tenho mais intimidade com o David. Nós falamos sobre isso às vezes. Nós, que passamos por essa experiência, temos que recordar esses momentos, que foram de muita luta, mas também muito bons.
    Luiz Gustavo passou quase toda a carreira profissional na Alemanha, onde é conhecido e respeitado. Alguém que conhece bem o volante do Bayern de Munique é um outro brasileiro com trajetória semelhante, mas que acabou atuando pela seleção alemã.
Luiz Gustavo veste camisa da seleção EE (Foto: João Ramalho / TV Globo)
Luiz Gustavo com a amarelinha: apenas 50 minutos
em campo (Foto: João Ramalho / TV Globo)

- Ele é um jogador de uma força impressionante, é muito difícil passar por ele. Muitas vezes, quando atuava pelo Hoffenheim, o Luiz Gustavo carregava o time. Fico feliz que ele tenha conseguido uma chance na Seleção Brasileira - afirmou o atacante Cacau, do Stuttgart.
    Não tivesse sido chamado por Mano Menezes, Luiz Gustavo talvez fosse companheiro de Cacau na seleção germânica hoje em dia.
- Nossa história é bem parecida mesmo, passamos pela mesma batalha. Eu também tive a oportunidade de me naturalizar, mas, graças a Deus, tive a chance de servir à seleção do meu país.
    Para Luiz Gustavo, a experiência no principal clube da Alemanha, com enorme cobrança por resultados e grande rivalidade com os adversários, pode ajudá-lo na hora de defender o Brasil.
- A pressão e a cobrança aqui são grandes, mas de forma sadia. O pessoal sabe cobrar, mas  valorizar também. Para chegar à Seleção Brasileira é preciso estar preparado para algumas situações, então a realidade aqui no Bayern ajuda também. Contra a gente, os outros jogadores sempre se motivam mais.
    A carreira na Seleção Brasileira está apenas começando, e Luiz Gustavo não demonstra pressa. O objetivo principal ainda está um pouco distante. Em 2014.
- Fiquei muito feliz por ter sido chamado novamente. Tenho que continuar fazendo meu trabalho, aproveitar ao máximo as oportunidades e curtir esse momento. Até a Copa do Mundo, quem sabe.

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