Mesmo sem chance de título, Santos atormenta os primeiros colocados

   Preparando o time para o Mundial de Clubes, Muricy vem utilizando força máxima. No segundo turno, só um time do G-5 conseguiu vencer o Peixe

Por Adilson Barros Santos, SP

Muricy Ramalho quer Peixe com ritmo no Japão
(Foto: Ag. Estado)

    O Santos não briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Faltando cinco rodadas para o fim da competição, o Peixe, 48 pontos, está dez atrás de Corinthians e Vasco, que dividem o primeiro posto, ambos com 58 (o time do Parque São Jorge está à frente por ter uma vitória a mais que a equipe carioca). Ainda assim, o Alvinegro Praiano vem levando a competição a sério. Tanto que, neste segundo turno, venceu três dos quatro primeiros colocados do Brasileirão.

    O Alvinegro Praiano bateu Corinthians (3 a 1), Botafogo (2 a 0) e Vasco (2 a 0). O único time do G-5 que conseguiu derrotar o time da Vila Belmiro no returno foi o Fluminense (3 a 2, em Volta Redonda). Contra o Flamengo, quinto colocado, o Santos empatou em 1 a 1, no Rio.

    O volante Arouca explica que o Santos está se aquecendo para a disputa do Mundial de Clubes. Sem pressão da briga pelo título e com o time completo, o Alvinegro está conseguindo praticar um bom futebol na reta final e, assim, vem complicando os ponteiros.

- Entramos com seriedade nas partidas, como se buscássemos uma conquista. Nosso grande objetivo é o Mundial e se quisermos chegar bem ao Japão, temos de nos manter com o moral elevado. Para isso, precisamos vencer os jogos.

    O Santos é o terceiro melhor time do segundo turno, atrás apenas de Figueirense e Fluminense. Tivesse dado atenção à competição desde o início, o Peixe estaria lá em cima, acredita o técnico Muricy Ramalho. O treinador santista, porém, não fala isso em tom de lamentação.

- Não estamos disputando o Brasileiro porque não nos preparamos para isso. Mas não estou reclamando. Priorizamos a Libertadores e conseguimos vencer. Agora, estamos pensando no Mundial, mas não podemos largar o Brasileiro, pois temos de chegar ao Japão com ritmo - completa Muricy.