A impressionante pontaria do sub-17 alemão e de um americano de 21 anos são os destaques da análise estatística do FIFA.com nesta semana. Também falamos da Venezuela, da seleção feminina da Nova Zelândia e do Cerezo Osaka.
19  por cento das finalizações da Alemanha na Copa do Mundo Sub-17 da FIFA 2011 acabaram se convertendo em gols. O poder de finalização dos alemães foi decisivo para que eles chegassem às semifinais do torneio pela quarta vez em oito participações. Curiosamente, os germânicos arrasaram o Equador por 6 a 1 arrematando menos do que os adversários — 15 a 20. O mesmo aconteceu na goleada sobre os Estados Unidos por 4 a 0, quando chutaram menos. Nos 3 a 2 contra a Inglaterra nas quartas de final, outra vez a Alemanha perdeu nesse critério — foram 24 chutes a 15 para os ingleses. Esta, aliás, foi a segunda derrota dos britânicos nas suas duas únicas participações no Mundial da categoria — a outra, em 2007, também foi diante dos arquirrivais, que golearam por 4 a 1 com ajuda da revelação Toni Kroos. O próximo desafio para os jovens comandados do técnico Steffen Freund é o anfitrião México, que marcou 12 gols em 93 tentativas (13%) no torneio. Os alemães, que balançaram as redes 18 vezes nos cinco jogos que fizeram até o momento, só precisam de mais quatro para igualarem o recorde de melhor ataque da competição, estabelecido pela Espanha em 1997.
7  minutos em campo bastaram para que o chileno Esteban Paredes empatasse o jogo da sua seleção com o México pela Copa América, na estreia de ambos na competição. No final, os chilenos venceram por 2 a 1 e asseguraram ao técnico Claudio Borghi uma boa estreia em torneios oficiais à frente do conjunto. Aos 30 anos, o atacante entrou aos 15 minutos do segundo tempo e mostrou oportunismo para igualar o placar em um chute em cima da linha. Foi o que abriu caminho para a primeira vitória chilena sobre o adversário na competição. Antes, haviam sido três triunfos do México e um empate.
5  gols sofridos por jogo era a média da Venezuela contra o Brasil nos cinco encontros anteriores entre ambos os países na Copa América. Neste domingo, o empate em 0 a 0 representou o primeiro ponto dos venezuelanos contra os brasileiros e a primeira partida em que eles não sofreram gols diante da Seleção na competição. O resultado também ajudou a melhorar o retrospecto geral do selecionado menos vitorioso da CONMEBOL contra os pentacampeões mundiais. Depois de perder os 17 primeiros jogos para o Brasil entre 1969 e 2005, sofrendo 78 gols e marcando apenas quatro, a Venezuela venceu um e empatou dois dos últimos quatro encontros entre ambos, sem ter a meta vazada em três deles. A maior goleada brasileira foi o 7 a 0 da edição de 1999 do torneio continental. Naquela ocasião, Ronaldo e Amoroso balançaram as redes duas vezes cada, e um Ronaldinho de apenas 19 anos saiu do banco para fazer um gol de placa — o seu primeiro com a camisa canarinha.
5  gols a favor e nenhum contra. Foi com esta goleada que o Cerezo Osaka impôs no último sábado a pior derrota em quase seis anos ao Kashiwa Reysol, líder do Campeonato Japonês. Desde que foi arrasado pelo Urawa Red Diamonds por 7 a 0 em outubro de 2005 — um gol a menos do que o recorde de maior vitória da competição —, o Kashiwa não havia perdido por mais de quatro gols nas duas principais divisões do futebol japonês, apesar de dois rebaixamentos. Os comandados do brasileiro Nelsinho Baptista chegaram para a 14ª rodada certos de que manteriam esse desempenho. Afinal, haviam conquistado 13 dos 15 pontos disputados nas cinco partidas anteriores fora de casa, enquanto os adversários, ameaçados pelo rebaixamento, não tinham vencido uma vez sequer no próprio estádio. Porém, os gols de Takashi Inui, Rodrigo Pimpão, Martinez, Ryuji Bando e Shu Kurata garantiram ao Cerezo o maior triunfo da temporada, e permitiram que o Yokohama Marinos ficasse a apenas um ponto do Kashiwa, na segunda colocação. Cerezo e Kashiwa, aliás, detêm o recorde de gols em um único jogo da competição — um 7 a 5 fora de casa para este último, em 1998.
4  gols nos últimos quatro jogos do Dallas transformaram Brek Shea em um dos artilheiros do Campeonato Americano. O jogador de 21 anos balançou as redes oito vezes e aparece ao lado de Charlie Davies, Landon Donovan e Thierry Henry na ponta da lista de goleadores. A marca é bastante respeitável para alguém que começou a competição jogando na defesa. Foi somente em abril, depois da contusão de David Ferreira, melhor jogador da temporada passada, que o técnico Schellas Hyndman avançou Shea para a meia esquerda. Desde então, o jogador, titular da seleção americana, marcou 42% dos gols da sua equipe. O último saiu na vitória da sua equipe por 2 a 0 sobre o Columbus Crew. Com o resultado, o Dallas ficou a apenas dois pontos do Los Angeles Galaxy, líder da Conferência Oeste, que, mesmo empatando sem gols em casa com o Seattle Sounders — foi a quarta igualdade e o terceiro 0 a 0 da equipe californiana nas últimas cinco partidas —, ampliou a sua série invicta para 11 jogos. Já o Seattle interrompeu uma sequência de cinco derrotas para o adversário na competição.
2  gols dramáticos nos descontos do jogo contra o México nesta terça-feira deram à Nova Zelândia o seu primeiro ponto em Copas do Mundo Femininas da FIFA. Depois de perderem todos os seus três compromissos nas edições de 1991 e 2007 da competição, além das duas primeiras partidas na Alemanha 2011, as neozelandesas estavam prestes a sofrer mais a nona derrota, já que estavam em desvantagem de 2 a 0 no placar aos 45 do segundo tempo. Foi quando Rebecca Smith descontou de cabeça, quatro minutos antes de Hannah Wilkinson bater para o gol e igualar o placar, levando as companheiras à loucura.