Com a liberação de Alexandre Pato para a disputa da Copa América, a partir do dia 1º de julho, o técnico Mano Menezes pode enfim contar com o atacante que sempre imaginou no desenho tático da Seleção Brasileira. Preocupado com a ausência de um verdadeiro “matador”, ele tratou de passar ao jogador do Milan a responsabilidade pelos gols no torneio continental, seu grande desafio da temporada.
"Desde a nossa primeira partida, a tônica da Seleção é criar bastante e perder muitas oportunidades. Precisamos de um jogador mais matador, e o Pato foi este jogador no Milan”, apontou o treinador ao canal Sportv. “Quando o (Zlatan) Ibrahimovic saiu por lesão ou suspensão, ele esteve apto para assumir esta condição.”
Pato foi o camisa 9 da estreia de Mano Menezes e fez gol na vitória por 2 a 0 sobre os Estados Unidos, não conseguindo, no entanto, ter sequência por causa de contusões. Por isso mesmo, o treinador respirou aliviado ao receber o aval dos médicos da Seleção de que a lesão no ombro não deve atrapalhá-lo da Copa América.
Com o atacante do Milan no grupo, Mano espera que a bola volte a entrar. "Essa ansiedade de querer fazer mais bonito ou melhor do que precisa tem que passar. É natural do jovem. O futebol ensinou a gente a mesclar porque a experiência é importante. Por isso pedimos: ‘faz feinho mesmo porque, no final, é disso que a gente precisa'", brincou.
Além de Pato, Mano diz ter plena confiança em Fred. O técnico revelou que pensava na convocação do atacante do Fluminense desde quando assumiu o cargo, no ano passado. Por isso, fez um acompanhamento de seu trabalho físico e até conversou com ele para apresentar o projeto da Seleção. "É um jogador com as característica que gosto", admitiu.
Um reserva para Ganso
Tentando não se empolgar com a provável liberação de Paulo Henrique Ganso para ao torneio, Mano Menezes também não esconde que a camisa 10 de seu time tem dono. Ao mesmo tempo, ele tem analisado com frieza as diversas possibilidades e mostra ter gostado de uma peça em particular nesta última série de amistosos.
"O Jadson faz a equipe jogar, dá a dinâmica que a Seleção precisa. Eu o conheço há bastante tempo porque o treinei em 2000 como juvenil no Inter", apontou. "Lógico que o Ganso é mais completo, mas temos que ir evoluindo esta ideia e ir formando confiança", finalizou.