Clássico de rivais parecidos é o destaque da 8ª rodada do Alemão
Schalke 04 vai à vizinha Dortmund em busca da primeira vitória sobre o rival Borussia desde 2010. Líder Bayern enfrenta o Fortuna Dusseldorf
O maior clássico do futebol alemão não tem o time mais rico, famoso e
vitorioso em campo. Aliás, a antipatia pelo Bayern de Munique é uma das
poucas coisas capazes de unir os torcedores de Borussia Dortmund e
Schalke 04, que fazem o dérbi do Ruhr (“Revierderby” em alemão) neste
sábado, às 10h30m (de Brasília), no Estádio Signal Iduna Park, em
Dortmund, pela oitava rodada da Bundesliga.
O nome do clássico vem da região onde os dois clubes estão localizados, o Vale do Ruhr, uma das maiores áreas industriais da Europa. Do estádio do Borussia (quarto colocado na tabela com 12 pontos) até a arena do Schalke (terceiro colocado com 14 pontos), na vizinha Gelsenkirchen leva-se apenas meia hora de carro. E é exatamente a proximidade a razão maior dessa rivalidade. Como lembra um artigo de uma das principais revistas de futebol da Alemanha, "11 Freunde", não há motivos religiosos como no Celtic x Rangers da Escócia, nacionalistas como no Barcelona x Real Madrid ou um passado de pobres x ricos como no Boca Juniors x River Plate argentino.
“A origem dos clubes é semelhante, a paixão dos torcedores (com mais de 40 mil carnês de temporada vendidos) é igual e até o sotaque é o mesmo”, lembra a reportagem, que brinca com a (im)possibilidade de os fãs dos dois lados finalmente admitirem que existe uma relação de amor entre ambos.
Em duas cidades com poucas opções de lazer e que cresceram em torno das minas de carvão e siderúrgicas, a maior rivalidade do futebol alemão começou a tomar forma nos anos 1930, a fase mais bem sucedida da história do Schalke. Mas foi alimentada também por insucessos, como nos anos 1970 e 1980 quando os dois clubes não levantavam troféus e o clássico virava o ponto alto da temporada – apenas interrompido quando um deles caía para a Segunda Divisão, como o Borussia em 1972 e o Schalke em 1988.
– O clássico sofreu muito nos anos 1990, quando o Borussia estava mais interessado em torneios internacionais do que em derrotar o Schalke. Isso teve o efeito contrário no rival, que via o jogo com a grande oportunidade de dar o troco. No início do século XXI, isso mudou de repente. O Dortmund esteve à beira da falência e o Schalke perto de conquistar o título em 2007, o que seria o primeiro desde 1958. Mas o time perdeu um dérbi do Ruhr que derrubou o sonho do título e foi comemorado pela torcida do Borussia como há muito tempo não acontecia – disse o jornalista e escritor Uli Hesse, autor de “Tor! A história do futebol alemão”, lançado em 2002 e considerado um dos principais livros sobre o esporte na terra de Franz Beckenbauer.
A seca do lado azul e branco do Schalke, que jamais foi campeão na era da Bundesliga (a liga profissional alemã, criada em 1963), é algo que os torcedores do lado amarelo e negro fazem sempre questão de lembrar. Em 2008, no aniversário de 50 anos do último título do rival, fãs do Borussia alugaram um avião e sobrevoaram o estádio do Schalke com uma mensagem recordando o meio século de insucessos no Campeonato Alemão.
Para piorar, em 2011, quando o Schalke surpreendeu e chegou às semifinais da Liga dos Campeões (torneio vencido pelo arquirrival em 1997), o Borussia conquistou seu primeiro título nacional em quase uma década. O bicampeonato com uma geração talentosa, com nomes como o zagueiro Mats Hummels e o meia-atacante Mario Götze, fez Dortmund entrar em clima de euforia. Mas na cidade decorada de amarelo e preto ninguém parece tão popular quanto o treinador Jürgen Klopp, cotado para substituir Joachim Löw quando este deixar a seleção germânica.
Clássico quente nas palavras
No clássico deste sábado, o Schalke vai em busca da primeira vitória contra o maior rival desde 2010, o que faria o Borussia ficar mais longe do sonho do inédito tricampeonato alemão e não deixaria o líder Bayern de Munique se afastar demais na tabela.
– Temos respeito pelo Borussia mas não tememos o time deles de forma alguma. Estamos confiantes graças ao nosso bom momento – afirmou o capitão do Schalke, o zagueiro Benedikt Howedes.
Do lado adversário, o capitão do Dortmund, Sebastian Kehl, garante que o time da casa tem mais força.
– Nós somos o número 1 da região e temos muito mais potencial. Eu espero que a gente consiga provar isso em campo.
O Bayern, que tem 21 pontos e 100% de aproveitamento, vai estar em ação no mesmo horário, não muito longe dali, em Dusseldorf, contra o sétimo colocado Fortuna (10 pontos). Também neste sábado, o terceiro lugar Eintracht Frankfurt (16 pontos) recebe o Hannover 96, que ocupa a quinta posição (11 pontos).
O nome do clássico vem da região onde os dois clubes estão localizados, o Vale do Ruhr, uma das maiores áreas industriais da Europa. Do estádio do Borussia (quarto colocado na tabela com 12 pontos) até a arena do Schalke (terceiro colocado com 14 pontos), na vizinha Gelsenkirchen leva-se apenas meia hora de carro. E é exatamente a proximidade a razão maior dessa rivalidade. Como lembra um artigo de uma das principais revistas de futebol da Alemanha, "11 Freunde", não há motivos religiosos como no Celtic x Rangers da Escócia, nacionalistas como no Barcelona x Real Madrid ou um passado de pobres x ricos como no Boca Juniors x River Plate argentino.
Borussia Dortmund receberá o rival Schalke no Signal Iduna Park (Foto: Reuters)
“A origem dos clubes é semelhante, a paixão dos torcedores (com mais de 40 mil carnês de temporada vendidos) é igual e até o sotaque é o mesmo”, lembra a reportagem, que brinca com a (im)possibilidade de os fãs dos dois lados finalmente admitirem que existe uma relação de amor entre ambos.
Em duas cidades com poucas opções de lazer e que cresceram em torno das minas de carvão e siderúrgicas, a maior rivalidade do futebol alemão começou a tomar forma nos anos 1930, a fase mais bem sucedida da história do Schalke. Mas foi alimentada também por insucessos, como nos anos 1970 e 1980 quando os dois clubes não levantavam troféus e o clássico virava o ponto alto da temporada – apenas interrompido quando um deles caía para a Segunda Divisão, como o Borussia em 1972 e o Schalke em 1988.
Jürgen Klopp está cotado para substituir Joachim
Löw no comando da Alemanha (Foto: Getty Images)
Löw no comando da Alemanha (Foto: Getty Images)
– O clássico sofreu muito nos anos 1990, quando o Borussia estava mais interessado em torneios internacionais do que em derrotar o Schalke. Isso teve o efeito contrário no rival, que via o jogo com a grande oportunidade de dar o troco. No início do século XXI, isso mudou de repente. O Dortmund esteve à beira da falência e o Schalke perto de conquistar o título em 2007, o que seria o primeiro desde 1958. Mas o time perdeu um dérbi do Ruhr que derrubou o sonho do título e foi comemorado pela torcida do Borussia como há muito tempo não acontecia – disse o jornalista e escritor Uli Hesse, autor de “Tor! A história do futebol alemão”, lançado em 2002 e considerado um dos principais livros sobre o esporte na terra de Franz Beckenbauer.
A seca do lado azul e branco do Schalke, que jamais foi campeão na era da Bundesliga (a liga profissional alemã, criada em 1963), é algo que os torcedores do lado amarelo e negro fazem sempre questão de lembrar. Em 2008, no aniversário de 50 anos do último título do rival, fãs do Borussia alugaram um avião e sobrevoaram o estádio do Schalke com uma mensagem recordando o meio século de insucessos no Campeonato Alemão.
Para piorar, em 2011, quando o Schalke surpreendeu e chegou às semifinais da Liga dos Campeões (torneio vencido pelo arquirrival em 1997), o Borussia conquistou seu primeiro título nacional em quase uma década. O bicampeonato com uma geração talentosa, com nomes como o zagueiro Mats Hummels e o meia-atacante Mario Götze, fez Dortmund entrar em clima de euforia. Mas na cidade decorada de amarelo e preto ninguém parece tão popular quanto o treinador Jürgen Klopp, cotado para substituir Joachim Löw quando este deixar a seleção germânica.
Schalke 04 de Farfán é o terceiro na Bundesliga, com dois pontos a mais que o rival Borussia (Foto: Reuters)
Clássico quente nas palavras
No clássico deste sábado, o Schalke vai em busca da primeira vitória contra o maior rival desde 2010, o que faria o Borussia ficar mais longe do sonho do inédito tricampeonato alemão e não deixaria o líder Bayern de Munique se afastar demais na tabela.
– Temos respeito pelo Borussia mas não tememos o time deles de forma alguma. Estamos confiantes graças ao nosso bom momento – afirmou o capitão do Schalke, o zagueiro Benedikt Howedes.
Bayern de Ribéry lidera com folga (Foto: Reuters)
Do lado adversário, o capitão do Dortmund, Sebastian Kehl, garante que o time da casa tem mais força.
– Nós somos o número 1 da região e temos muito mais potencial. Eu espero que a gente consiga provar isso em campo.
O Bayern, que tem 21 pontos e 100% de aproveitamento, vai estar em ação no mesmo horário, não muito longe dali, em Dusseldorf, contra o sétimo colocado Fortuna (10 pontos). Também neste sábado, o terceiro lugar Eintracht Frankfurt (16 pontos) recebe o Hannover 96, que ocupa a quinta posição (11 pontos).
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