Brasil confirma, asiáticos dão show
RESUMO DO DIA — A rodada começou bem movimentada, com Brasil e Uzbequistão vencendo com facilidade. Em Guadalajara, estádio já conhecido dos garotos brasileiros, a Seleção encarou o Equador, um adversário também familiar. Ademílson marcou mais uma vez e, no fim da partida, Léo garantiu a vitória por 2 a 0 sobre um conjunto que se fechou como pôde na defesa. Por sua vez, o Uzbequistão manteve vivo o seu sonho. Os asiáticos garantiram a passagem para as quartas na sua primeira participação no Mundial com uma goleada de 4 a 0 sobre a Austrália, que parecia cansada e abatida depois de uma difícil primeira fase.
  O Japão também se classificou para a próxima etapa com enorme tranquilidade, arrasando a esperançosa Nova Zelândia com um contundente 6 a 0. Já o encontro entre Congo e Uruguai em Morelia se mostrou o mais disputado do dia e o único no qual ambas as equipes balançaram as redes adversárias. No final, os uruguaios mostraram mais experiência e levaram a melhor sobre os desconsolados congoleses, que foram aplaudidos de pé pela torcida presente no estádio.
O gol mais bonitoHideki Ishige (20/1ºT), Japão x Nova Zelândia  A grande habilidade dos jovens japoneses vem sendo uma das boas surpresas da Copa do Mundo Sub-17 da FIFA 2011. Nesta quarta-feira, não foi diferente. O Japão mostrou mais uma vez muito estilo, mesmo contra uma valente Nova Zelândia. Hideki Ishige deu um bom exemplo da qualidade dos asiáticos aos 20 minutos de jogo, quando ameaçou cruzar após um avanço pela lateral e na verdade bateu colocado de cobertura, por sobre o goleiro Scott Basaraj. Somente o meia do Shimizu S-Pulse sabe realmente se a sua intenção era cruzar ou chutar, mas, considerando que Ishige já havia tentando o mesmo truque um minuto antes, da outra lateral, a melhor aposta seria que ele realmente pretendia marcar o gol.
Momentos marcantesChutaço de Ademílson anima o Brasil  O futebol brasileiro é normalmente associado com os toques sutis e de categoria, mas são os fortes chutes de longa distância de Ademílson que vêm garantindo a Seleção no México. O atacante do São Paulo, que não disputou o Sul-Americano e só ficou com a vaga no elenco pouco antes do Mundial, marcou um golaço da intermediária e ajudou a acabar com a resistência do Equador na defesa, abrindo caminho para a classificação do Brasil às quartas de final. Foi o seu quarto no torneio — todos em lances semelhantes —, o que o deixa atrás apenas do prodígio marfinense Souleymane Coulibaly na tabela de artilheiros.
Sem revanche em Torreón
  Os estreantes Uzbequistão e Austrália haviam se encontrado na semifinal do torneio eliminatório asiático em Tashkent, mas, nas duas vezes, o jogo acabou da mesma maneira. Abbosbek Makhstaliev, o talismã uzbeque, abriu o marcador novamente — no México, aos 11 minutos, seis a menos do que no último encontro. Foi o primeiro da boa vitória da sua seleção, que deu sequência à campanha histórica do país. Os quatro gols serviram também para compensar a quantidade de vezes que a meta do Uzbequistão havia sido vazada pela Nova Zelândia na estreia de ambos na competição.
Onze minutos entre o céu e o inferno  O Japão veio com tudo para cima da Nova Zelândia e marcou os seus dois primeiros gols depois de uma pressão incrível sobre os adversários, entre os 20 e os 32 minutos do primeiro tempo. Enquanto os japoneses comemoravam os três gols que fizeram ainda na etapa inicial, os neozelandeses lamentavam a falta de sorte, já que, em 11 minutos, tiveram a sua meta vazada mais vezes do que em todos os três jogos anteriores. No fim, a vitória incontestável por 6 a 0 acabou fazendo com que o Japão conquistasse o seu maior triunfo na história da competição.
Hudanski perde o controle  O técnico do Congo, Eddie Hudanski, se tornou um dos principais personagens desta competição, um daqueles inimitáveis e temperamentais filósofos do futebol, que adoram falar tudo que passa pela cabeça. O seu estilo apaixonado e os seus rompantes o colocaram em problemas contra o Uruguai, quando um lance que ele acreditou ser impedimento terminou com os sul-americanos acertando um chute na trave congolesa. Os protestos do técnico acabaram com a sua expulsão e ele foi obrigado a se sentar na arquibancada imediatamente atrás. Ao menos, ele contou com os aplausos da torcida presente no Estádio Morelia, que apoiou a sua seleção e o seu comportamento.
O número
5
— Esse é o número de vezes em que o Brasil enfrentou outra seleção sul-americana na Copa do Mundo Sub-17 da FIFA, sempre com vitórias. Cinco também é o número de gols que o Equador marcou neste torneio, todos no segundo tempo. Mas não foi o que aconteceu desta vez no Estádio Guadalajara. Os equatorianos pararam em um Brasil que foi superior e busca o tetracampeonato na categoria.
O que vem por aí? Quinta-feira, 30 de junho de 2011 Alemanha x Estados Unidos (Querétaro, 17h em Brasília)
Inglaterra x Argentina (Pachuca, 17h em Brasília)
França x Costa do Marfim (Querétaro, 20h em Brasília)
México x Panamá (Pachuca, 20h em Brasília)