No Dia da Rússia, empate com Polônia na nova batalha de Varsóvia
Em partida disputada sem violência, russos, que lideram Grupo A, são superiores no 1º tempo mas acabam pressionados, e jogo termina 1 a 1
Dzagoev, autor de dois gols na vitória na estreia sobre os tchecos por 4 a 1, marcou o gol russo, no primeiro tempo, e se isolou na artilharia da competição. Na segunda etapa, Blaszczykowski, o Kuba, empatou a partida, aos 11 minutos, tornando o resultado final mais justo.
Jakub Blaszczykowski, o Kuba, e Ignashevich: partida é marcada por muita luta (Foto: Agência Reuters)
O time russo, comandado pelo camisa 10 Arshavin e com outras boas atuações individuais no primeiro tempo, mostrou superioridade técnica e tática na maior parte dos primeiros 45 minutos, mas foi dominado pelos poloneses na segunda etapa. Comandados pela garra de Polanski, Lewandowski e Kuba, destaques na partida, por pouco não saíram com a vitória.
Na terceira e última rodada da primeira fase, no próximo, sábado, os russos, com quatro pontos ganhos, encaram os gregos e precisam de apenas um empate para ficar com uma das vagas. Os poloneses, que na primeira rodada empataram com a Grécia, pegam os tchecos precisando vencer. As duas partidas serão no mesmo horário, às 15h45.
Um dado curioso no Estádio Nacional de Varsóvia: na segunda etapa, o sistema de som mandou um recado aos russos de que eles ficariam 20 minutos no estádio após o fim da partida, por motivos de segurança, para evitar confrontos. Só que o anúncio foi em polonês.
Rússia sai na vantagem
A batalha da Varsóvia no Estádio Nacional começou com empenho e velocidade tanto de russos como de poloneses. Se a Rússia forçava as jogadas pela direita com um Arshavin cada vez tomando as rédeas para comandar as ações do time, a Polônia tinha no grito de seu povo na arquibancada o estímulo para se atirar ao ataque. E foram justamente os anfitriões que mandaram o primeiro torpedo para a área. Aos seis minutos, o camisa 10, Obraniak, levantou na área para Boenisch mergulhar de cabeça. O triunfo parou na grande defesa de Malafeev, veloz e com reflexo apurado.
Dzagoev abre o placar para os russos aos 36
minutos da primeira etapa (Foto: Agência Reuters)
minutos da primeira etapa (Foto: Agência Reuters)
A Rússia buscava a penetração tocando a bola até encontrar espaços para o lançamento perfeito. A Polônia, não. Era mais ação. Pintava brecha, era só soltar o foguete. Lewandowski tentou, aos 10, mas a bola subiu. Pouco depois, surgiu a inspiração em toque de bola que lembrou até o Barça. Polanski marcou, mas estava impedido, e o lance foi marcado em cima pela arbitragem. Uma pena, pela beleza da jogada.
Os poloneses descobriram a brecha na marcação russa e repetiram o bom toque de bola. Sempre sob a regência de Obraniak, bem acompanhado por Polanski. Mas a bola fugiu do domínio de Lewandowski. Do lado russo, Arshavin começava a apelar para as jogadas individuais. E se saía bem.
Aos 27 minutos, a Rússia ficou a um centímetro do tiro fatal. Kerzhakov fez boa jogada pela direita e centrou rasteiro para a entrada de Arshavin, que por pouco, muito pouco, pouco mesmo não tocou na bola para completar para as redes.
A partir daí, o contra-ataque russo começou a entrar. Kershakov começou a se redimir da má atuação na primeira partida. Zhirkov, pelo lado esquerdo, já começava a subir bem para o ataque, aumentando as opções. O toque de bola e a boa organização tática voltaram a conter a empolgação polonesa.
Em falta pela esquerda, o camisa 10 encontrou o caminho do gol russo. Arshavin bateu cirurgicamente na área. Dzagoev, que vinha de trás, levou a melhor sobre a zaga polonesa e testou firme, sem defes para Tyton, aos 36, abrindo o placar e marcando seu terceiro gol na Eurocopa, disparando na artilharia. Como ponto negativo, dois sinalizadores foram jogados ao campo pela torcida russa. O fato deverá gerar punição para a Federação Russa.
Os poloneses quase devolveram o gol na mesma moeda dois minutos depois, em petardo de Dudka bem defendido por Malafeev. Fora isso, o domínio russo ficou evidente. O time encaixou as jogadas, com Shirokov, Ziryanov e Denisov acertando o toque de bola com Arshavin. Na frente, os deslocamentos de Kerzhakov e o sempre perigoso Dzagoev por pouco não levaram a equipe a ampliar o placar. Fim do primeiro tempo, era justíssima a vantagem.
Gol de Jakub Blaszczykowski, o Kuba, leva a torcida polonesa à euforia (Foto: Agência Reuters)
Empate polonês
O segundo tempo começou fervendo, com a Polônia partindo com tudo. Logo com 5 minutos, Lewandowski, lançado na área, só não empatou porque Malefeev saiu bem e impediu a finalização do atacante.
A partida cresceu em emoção. Denisov e Lewandowski se estranharam numa jogada, mas não houve nada mais sério. Polanski teve a chance de desempatar. Malefeev, no entanto, fez outra grande defesa.
Dick Advocaat, técnico holandês que comanda a Rússia, trocou Kerzhakov por Pavlyuchenko. Depois, sacou Dzagoev para botar Izmailov. Smuda tirou Dudka e pôs Mierzejewski, deixando a Polônia mais ofensiva ainda.
Kuba e Lewandowski ganhavam na velocidade. Os russos, cansados, tentavam a vitória no contra-ataque. A torcida empurrava os poloneses, que perderam Polanski. O camisa 7 saiu machucado - Matuszczyk entrou em seu lugar. Mas o time buscou a vitória até o fim. Obraniak, substituído aos 47 minutos por Brozëk, chutou o ar protestando pela substituição. Queria bater a falta no último lance. Era a luta pela vitória. Mas a torcida saiu satisfeita com o empenho da equipe. Pelo menos, a batalha não foi perdida.
Tyton; Piszczek, Wasilewski, Perquis e Boenisch; Dudka (Mierzejewski), Polanski (Matuszczyk), Murawski, Blaszczykowski Kuba e Obraniak (Brozëk); Lewandowski | Malafeev; Anyukov, Ignashévich, Berezutsky e Zhirkov; Shirokov, Denisov, Ziryanov e Dzagoev (Izmailov); Arshavin e Kerzhakov (Pavlyuchenko) |
Técnico: Franciszek Smuda. | Técnico: Dick Advocaat. |
Gols: no primeiro tempo, Dzagoev, aos 36 minutos. No egundo tempo, Blaszczykowski Kuba, aos 11 minutos. | |
Cartões amarelos: Lewandowski e Polanski (POL) e Denisov e Dzagoev (RUS). | |
Local: Estádio de Varsóvia. Data: 12 de junho de 2012. Arbitragem: Wolfgang Stark (Alemanha), auxiliado pelos compatriotas Jan-Hendrik Salver e Mike Pickel. Público: 55.920. |
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